Londres ocupa a 1ª posição do ranking, que avaliou destinos de 10 países
O respeitado Anholt-Ipsos City Brands Index, ranking que avalia anualmente as cidades de maior personalidade apresentou recentemente os resultados de 2020. A pesquisa levou em consideração a resposta de 5.000 entrevistados e, ao final, foram listados 50 destinos em 10 países. O resultado geral traz Londres em 1° lugar + Sydney em 2° + Paris + Nova York + Roma fechando os Top5.
A pesquisa levou em consideração 6 categorias = Presence + Place + Prerequisites + People + Pulse + Potential. A 1ª categoria, Presença, diz respeito ao status internacional da cidade. Em outras palavras, é a percepção que pessoas de várias partes do planeta têm dessa cidade. Além disso, essa categoria, na qual Londres ocupa o 1° lugar, também avalia a contribuição científica + cultural do destino.
Place, ou Local, é a 2ª categoria da pesquisa. Ela leva em consideração e avalia as características físicas da cidade, como clima + limpeza + arquitetura dos edifícios + parques. A campeã de 2020 neste quesito foi Viena.
O 3° aspecto, Prerequisites, ou Pré-Requisitos, tem Vancouver como a cidade mais bem avaliada. Esse item especificamente quer determinar a qualidade geral de uma cidade, assim como o padrão de serviços públicos que ela oferece, como escolas + hospitais + transportes + instalações esportivas.
O City Brand Index considera também as pessoas das cidades listadas. Na categoria People, a pesquisa avalia questões como a abertura e receptividade dos habitantes aos visitantes estrangeiros. A campeão de 2020 nesta categoria foi a australiana, Sydney.
Na 5ª categoria Pulse, que em tradução livre seria algo como o Ritmo da cidade, são avaliadas as opções de lazer + entretenimento + atividades para se fazer no tempo livre. Nesse caso, Paris foi a cidade mais bem avaliada pelos entrevistados.
Por último, o Potential, ou Potencial, leva em consideração as oportunidades oferecidas pela cidade, tanto para profissionais quanto para estudantes. Uma dos quesitos levados em consideração, por exemplo, é a facilidade de se obter um emprego + as oportunidades de negócios. Londres conquistou a 1ª posição no ranking de 2020.
Colocação das cidades sofreu muitas alterações desde a última edição
Em sua edição 2020, o Anholt-Ipsos City Brands Index atualizou a última edição do ranking, elaborada em 2017. De lá para cá, foram observadas profundas mudanças entre as cidades de maior personalidade.
O destaque ficou para a chegada de Londres à 1ª posição. A capital britânica já havia chegado ao topo em 2013. Na avaliação geral, a metrópole do Reino Unido subiu de colocação em 4 das 6 categorias = Presence + Place + Pulse + Potential.
Londres é amplamente vista como uma capital cultural mundial, qualquer que seja sua relação política com a Europa.
Simon Anholt – Fundador do Nation Brands Index
Paris, por sua vez, caiu para a 3ª posição, após liderar o ranking na última edição. A capital da França teve perdas em 5 categorias, enquanto manteve a 1ª posição no quesito Pulse.
Outros destaques ficaram com Viena, que obteve sua melhor colocação e o título de Best Place; e Vancouver, avaliada como a cidade de melhores pré-requisitos e 2° local com pessoas mais receptivas.
Perspectivas para o pós-pandemia
O estudo de cidades de maior personalidade em 2020 foi realizado entre 2 e 17 de janeiro deste ano, nos seguintes países = Austrália + Brasil + China, França + Alemanha + Índia + Rússia + Coréia do Sul + Reino Unido + Estados Unidos. Por isso, a pesquisa oferece a destinos de todo o mundo uma base de comparação sobre caminhos para a retomada do turismo após a pandemia de Covid-19.
Essas medidas de como o mundo vê suas cidades são uma fascinante base pré-pandêmica. Por mais poderosa e positiva que seja a imagem de uma cidade, as paisagens urbanas do mundo estão surpreendentemente vazias por enquanto.
Mas, à medida que os bloqueios são gradualmente relaxados e a atividade econômica recomeça, descobriremos como é a nova normalidade; e se os vencedores deste ano permanecerão no topo ou se alguma mudança inesperada ocorreu no comportamento, nos padrões de viagens e nas opiniões das pessoas.
Simon Anholt