
No ar param as dúvidas de como as companhias aéreas recomeçarão suas operações
Caro leitor, nem você, eu, ou ninguém neste planeta, jamais imaginou que, um dia, todas as companhias aéreas iriam parar de voar. Neste realidade disruptiva na qual o Coronavírus nos colocou, a Aviação Civil está literalmente no chão e o mesmo acontece com os seus balanços financeiros. A única coisa que sobrevoa as nossas cabeças, hoje, é a pergunta:
Como as companhias aéreas farão para reiniciar seus negócios?
Os especialistas do setor também não param de pensar em quando e de que maneira se dará o início das operações aéreas. A verdade é que não há uma resposta única para esta pergunta, pois existe um sem número de variáveis, como sempre acontece quando tratamos de temas relacionados ao Coronavírus.
Para começar cada governo de cada país do mundo está numa fase diferente da Pandemia. Ainda assim, quando os espaços aéreos internacionais forem reabertos, certamente haverá uma série de novas regulamentações mundiais. Será uma tarefa hercúlea colocar todas as companhias do mundo e seus respectivos governos sob uma mesma cartilha. O que temos visto mundo afora são governos seguindo diferentes modelos de combate ao vírus. Se eles não são similares, ou seja, se cada país acredita em um modelo diferente, outra dúvida é:
Como chegar a uma única regulamentação para as companhias aéreas de distintos países?
Digamos, porém, que finalmente se chegou a um consenso. Uma das novas regulamentações pode ditar, por exemplo que enquanto não houver uma vacina para o Coronavírus, os aviões não poderão voar com a capacidade máxima de passageiros. Será preciso criar um espaço de segurança, uma distância entre cada pessoa, dentro dos voos. Talvez, nesse caso, as companhias aéreas decidam não ocupar suas poltronas do meio. Neste caso, o voo continuará a ser viável para as empresas aéreas? E se não for, as tarifas ficarão mais caras?
O Coronavírus e a retomada dos voos
Quando o assunto é a retomada da aviação civil mundial, pós-pandemia do Coronavírus, as previsões mostram que o pontapé inicial se dará com o reinício das rotas domésticas. Desta maneira, países como os Estados Unidos, a China e até mesmo o Canadá e o Brasil, por exemplo, países que têm um grande mercado interno começarão a se estruturar. Enquanto isso, as companhias aéreas europeias vão demorar mais para iniciar uma recuperação financeiras, afinal, seus mercados domésticos são relativamente pequenos e elas precisarão que as fronteiras internacionais estejam abertas, para começar efetivamente a sair do prejuízo.
Um outro fator, bem específico, é o mecânico, leigamente falando. Quando uma aeronave fica parada por um tempo, antes de começar a operar novamente ela precisa fazer, digamos, um check-up e passar por um protocolo de procedimentos internacionais para poder receber um certificado autorizando-a a voar. O mesmo acontece com a tripulação das companhias. Na prática, quando as restrições de isolamento social a aviação civil praticamente precisará começar do zero. Não podemos esquecer dos aeroportos que passarão a ter novos regulamentos. Um bom exemplo é a nova regra já em vigor, nos Estados Unidos, que aumentou o limite de líquidos levados na bagagem de mão. A partir de agora cada pessoa pode embarcar com cerca de 350 ml de desinfetantes líquidos. Outra dúvida importante será:
Como saber se o passageiro ao seu lado é ou não portador do Coronavírus?
Os governos em todo o mundo já pensam em iniciar, talvez em junho, a retomada da economia em seus respectivos países. Para isso, o mais importante é que a curva de infecções comece a mostrar claramente uma queda consistente. Ao mesmo tempo, a indústria da aviação civil tem se reunido para debater como serão os novos procedimentos de segurança nos aeroportos e a bordo dos voos. Como algumas pessoas infectadas pelo Coronavírus não apresentam qualquer sintoma, mas ainda assim, são capazes de contaminar outras pessoas, uma das grandes dúvidas será: antes de embarcar os passageiros precisarão fazer um exame para comprovar o seu estado de saúde?
E a responsabilidade da aplicação deste exame será dos aeroportos ou das companhias aéreas?
A Emirates foi a primeira companhia aérea a tomar a iniciativa de fazer um exame de sangue com cada um dos seus passageiros, antes dos procedimentos de embarque. Ela adquiriu a tecnologia para administrar testes com resultados bem rápidos, realizados no Aeroporto Internacional de Dubai. Basta uma simples picada no dedo e o resultado fica pronto em cerca de 10 minutos.
A ideia da companhia dos Emirados Árabes é expandir os exames de sangue para verificar a infecção por Coronavírus nos voos para os países que exigem que os viajantes sejam rastreados e apresentem um quadro clínico no desembarque. Talvez este seja um procedimento que possa ser adotado por outras companhias, quando o espaço aéreo internacional for liberado. O uso de máscaras certamente será mandatório, em todas elas.