RIO DE JANEIRO – Sediar as Olimpíadas também gera responsabilidades outras para o Pais que recebe os melhores atletas do mundo. Além de tudo para a realização do maior evento esportivo mundial, é preciso participar e também disputar. O próprio direito por estar em todas as modalidades gera um envolvimento que se transforma em corrente com o publico-torcida e cada medalha ganha um significado especial.
Pois o Brasil mostra um resultado expressivo, com bons louvores. Já com 17 medalhas garantidas, 15 conquistadas e duas que aguardam as definições – no futebol e vôlei masculino – falta apenas uma, uma só, para que aconteça a superação numérica dos resultados obtidos em Londres 2010. Flaltava. Ela se confirmou na manhã deste sábado, com a canoagem, onde o baiano Izaquias Queiroz foi prata novamente e se tornou o primeiro brasileiro a conquistar individualmente, tres medalhas em uma mesma Olimpíada. Outra conquista importantíssima e motivadora.
Erlon de Souza e o esfuziante Izaquias Queiróz, com sua terceira medalha. Por pouco não foi de ouro, pois os jovens de Ubaitaba e Ubatã, no interior baiano, lideraram até quase a parte final da prova C2 1000m. Mas, havia uma dupla alemã que se consagrou com o primeiro lugar.
Houve sim um grande esforço – e o destes dois rapazes é uma prova consagradora – que deve continuar para a busca do Brasil realmente se transformar em uma potência olímpica – e uma evolução mostrada em alguns esportes que o brasileiro incluiu na agenda.
Seguimos em 15º. Com as cinco de ouro, agora seis de prata e cinco de bronze. O sábado pode trazer o inédito ouro olímpico para o futebol na decisão do Maracanã contra a Alemanha. E o domingo terá a presença do vôlei no Maracanazinho diante da surpreendente Itália que eliminou os EUA no tie-break (3×2) em um jogo empolgante. As duas seleções ganharam seis dos ultimos sete campeonatos mundiais e voltam a se enfrentar em uma decisão olimpica.
Para a equipe dirigida por Bernardinho foi bem mais tranquilo. Em brilhante exibição, 3×0 sobre a Russia, com uma superioridade inédita em relação à Londres quando perdemos a decisão. O Brasil chega à final pela quarta vez seguida e quer retomar o ouro que foi da ultima vez em Atenas, 2004, justamente diante dos italianos..
A final feminina onde tanto o Brasil esperava estar será hoje entre China e Sérvia.
No futebol feminino, onde também ficamos sem medalha, a Alemanha vestiu ouro novamente no Maracanã com os 2×1 diante da Suecia que contou com boa parte da torcida brasileira entre os mais de 50 mil espectadores.
O ADEUS COM LEGADO E O FINAL
Com sua nona medalha olimpica e a quarta de ouro – no revezamento 4×100 – os ultimos passos olímpicos de Bolt, o nome esportivo mais carismático dos Jogos no Rio 2016, foram dados na noite desta sexta. Esperados e muito comemorados, ‘estou feliz comigo mesmo e muito orgulhoso’, como disse o atleta que, com os seus marcantes resultados, confirmou outra notável apresentação.
Bolt completou sua trajetória olímpica com um legado histórico, lugar garantido entre os maiores nomes do esporte mundial.
No quadro geral de medalhas, antes do sábado – o penúltimo dia – a disputa pelo segundo lugar geral segue. A Grã-Bretanha tem 60, com 24 de ouro. A China tem 65, com 22 ouros. Quem sobe para quarta posição é a Alemanha, que chegou a 14 medalhas de ouro. A liderança norte-americana eleva-se para as 38 de ouro e as 105 medalhas conquistadas.
E está chegando o final. Já em clima de encerramento dos jogos, mais de 41 mil ingressos estão vendidos para a cerimônia, o que indica Maracanã com grande publico na noite de domingo. Mas ainda tem muitos destaques decisivos até lá, incluindo a disputa de outro belo e empolgante esporte. Começaram as provas de Ginástica Ritmica Esportiva, que tem seletivas individuais e por equipes, já valendo também na classificação para Tóquio 2020. As finais individuais, o solo decisivo, acontecem no fim da tarde deste sábado.
(*) atualizada às 09h45