Coloque o pé na estrada para conhecer as maravilhas deste estado norte-americano
O Arizona é um estado surpreendente. Se você não conhece o estado norte-americano abra a imaginação e comece a viajar. Imagine-se em um deserto, não daqueles de areias infinitas, oceano de dunas gigantescas. Nesse deserto, a natureza ergueu uma obra cheia de criatividade.
Você está cercado por uma paisagem pontilhada por formações variadas, rochas descomunais e enormes cactos. O cenário tem tons de azul e dourado. A terra tem cores ocres, que vão do amarelo ao vermelho intenso. Sob a luz da lua, ou numa noite completamente estrelada, este deserto se torna uma entidade. Assim é o deserto do Arizona.
O Arizona é muito mais do que o seu famoso deserto
Viajantes costumam brincar dizendo que Arizona significa Árida Zona. Mas um nome assim, tão seco, deixaria de fora as colossais torres e mesas de pedra. E a vegetação viçosa, o urbanismo de última geração e outras atrações espetaculares também fazem parte desse estado.

Para definir o Arizona coloque o pé na estrada
Definir o Arizona em uma palavra é fácil. Comece alugando um carro. Depois programe uma trilha sonora pé na estrada para tocar enquanto você mergulha pelas highways. Você se lembrará de ter visto muitas delas como cenário, pano de fundo, ou até como um personagem coadjuvante de filmes premiados. Ao final da viagem, concluirá que a palavra que define o Arizona é Monumental.

Comece por Phoenix e Scottsdale
Portão de entrada para quem quer visitar o Arizona, Phoenix é uma metrópole moderna, com 4,3 milhões de habitantes. Localizada no deserto de Sonora, tem jardins maravilhoso e um urbanismo moderno. Phoenix tem muita história para contar e atrações para mostrar. E ainda oferece restaurantes premiados, mais de 500 hotéis, 40 resorts, 62.000 acomodações e 200 campos de golfe. Quando você aterrissar em Phoenix, se surpreenderá com a quantidade de passeios e atividades.

Sobrevoe Phoenix num passeio de balão
Um passeio de balão é uma maneira inesquecível de conhecer a grande Phoenix, da qual faz parte a cidade de Scottsdale, talvez a mais procurada pelo turista na hora de se hospedar. A prática do balonismo tem tudo a ver com a região, que tem dias ensolarados na maior parte do ano. Já a sua geografia plana, faz com que, do alto, os horizontes se expandam ainda mais. O voo tem 2 horas e 30 minutos de duração e custa cerca de US$ 200.
A cidade com um nome mitológico
Lá em cima você poderá ouvir, do guia e piloto do balão, um pouco mais da história de Phoenix. E de como o seu nome surgiu. Foi na época da conquista do Oeste, quando os pioneiros procuravam territórios para se instalar e criar novas comunidades no interior dos Estados Unidos. Um desses pioneiros, ao observar ruínas indígenas ali localizadas, se lembrou da lenda da Fénix. Esse era o nome da mitológica ave que renascia das cinzas. Diante de uma antiga civilização e vislumbrando a nova comunidade, prestes a nascer, decidiu batizar de Phoenix, a cidade ainda por vir.

Siga para Monument Valley
No Arizona, você percorre rodovias com infraestrutura de primeiríssimo mundo. Enquanto dirige, você aprecia cenários que vão dos espetaculares aos emocionantes. E num piscar de olhos chega ao seu destino final. No meu caso foram 7 horas de viagem. A maior parte do percurso foi feita pela rodovia interestadual 17, muito bem-sinalizada, segura e com ótimas opções de paradas para comer e descansar. Saí de Phoenix e meu destino final foi Monument Valley. O nome deste cartão postal dos Estados Unidos já diz tudo.
Geografia e vegetação mudam a cada km
Geograficamente, ganha-se altitude, o que dá um colorido especial ao caminho. Devido à mudança de clima, a paisagem desértica sai de cena. Despeça-se das montanhas pontilhadas pelos famosos saguaros, enormes cactos que só nascem nesta região. Aos poucos o verde começa a aparecer, até se transformar em densas florestas de pinheiro. É sinal de que você está chegando à cidade de Flagstaff.
A viagem continua e com ela surgem as longas retas, ladeadas de montanhas ainda mais imponentes e de topo achatado. Aqui elas são chamadas de mesas. Finalmente, as torres colossais de pedra, moldadas pela água e pelo vento, mostram que chegamos a Monument Valley, um destino que é um ícone entre os viajantes.
O Arizona é também o estado do Monument Valley
Quando você for ao Arizona, repare nas placas dos veículos. Um desenho do Grand Canyon emoldura os números da placa e uma frase registra: o Arizona é o estado do Grand Canyon. Mas para muitos viajantes, o Arizona é o estado do Monument Valley. Contudo, essa maravilha natural não pertence unicamente ao Arizona. Monument Valley entra pelo estado de Utah, dentro da reserva do povo Navajo, ou Navarrô, como dizem os norte-americanos. Esse é um solo sagrado para eles, que foram os primeiros donos da terra.
Monument Valley é um clássico cenário hollywoodiano
Se você gosta dos filmes de Velho Oeste, principalmente os clássicos do diretor John Ford e do ator John Wayne, certamente se lembrará do cenário. Monument Valley que, como o próprio nome diz, é um vale monumental, só passou a ser conhecido pelos filmes. Por falar em John Ford, o tour guiado, sempre conduzido por um Navajo, mostrará a você o lugar onde o diretor costumava sentar e meditar sobre as cenas que criava, enquanto procurava a locação ideal para produzi-las.

Antelope Canyon é a sua próxima parada
Depois de ficar (pelo menos) 1 noite em Monument Valley pegue novamente a estrada. Seu destino será a cidade de Page, a apenas 3 horas de distância. Esta pequenina cidade é o ponto de apoio e local de hospedagem para quem visita o Antelope Canyon. Escondido entre as montanhas, o Antelope Canyon. Também no território do povo Navajo, o canyon recebeu deles o nome de lugar onde a água corre através das pedras. É justamente isso que ocorre na época das chuvas. E por isso o Antelope Canyon adquiriu as formas e texturas que o tornaram tão belo.
Mergulhe entre as cores e texturas do deserto
De novo você está no deserto, desta vez para descobrir as belezas do Antelope Canyon. As visitas são guiadas pelos Navajos. Você caminha entre e imensas paredes de formas ondulações e texturas impressionantes. O percurso é estreito e sinuoso. Lá do alto os raios do sol conseguem entrar e iluminar seu caminho. A sensação é a de um mergulho colorido nas cores quentes do espectro de luz. Tons que vão do laranja ao ocre e do vermelho aos tons cor de areia.
Como esses paredões são esculpidos pela água que, na época das chuvas, corre entre eles, o resultado é de uma plasticidade impressionante. As rochas ganham desenhos, texturas e volumes diversos. Às vezes parecem espirais contorcidas que saem da terra e ganham os céus. Às vezes, a impressão é de que você está dentro de uma catedral exótica. Em outras, num labirinto mágico. A visita é imperdível e, se você gosta de fotografia, deve levar sua melhor câmera. As imagens são naturalmente maravilhosas e suas fotos estarão prontas para serem colocadas numa moldura e na parede.

Grand Canyon é o grand finalle da sua aventura pelo Arizona
Seis horas de viagem separam Page de Grand Canyon Village. É aqui que estão os hotéis e restaurantes para o turista que não se hospedará dentro do Grand Canyon National Park. Mais do que o símbolo do estado do Arizona, o Grand Canyon é uma dessas maravilhas que poderiam representar o planeta Terra, caso tivéssemos de fazer um cartão-postal intergaláctico.
Grand Canyon – minhas impressões pessoais do cartão postal do Arizona
Cheguei no começo da tarde e escolhi uma das mesas de piquenique para almoçar. Observei a paisagem e o entra e sai dos turistas, sempre de alto astral. O tempo estava perfeito. O sol brilhava e temperatura baixa, mas na medida certa, para não deixar ninguém desconfortável.
Deu para sentir na hora que estava entrando em uma atração de 1ª grandeza. O Grand Canyon virou um parque nacional no começo do século 20. Naquela época, ele recebia menos do que 50.000 visitantes por ano. Hoje, a média é de 5 milhões de pessoas, vindas de todos os lugares do mundo.

Ao Norte do Arizona, o Grand Canyon tem 3 entradas para você escolher
O Grand Canyon está localizado no Norte do estado do Arizona e você pode escolher 1 entre os 3 portões de entrada do parque. Chamadas de Rim, cada entrada se difere pela posição geográfica. A South Rim, Entrada Sul, é perfeita para os que chegam com crianças ou em grupos. Ela fica a apenas 1 hora e 30 minutos de Flagstaff e a 4h, de Phoenix.
A Entrada Norte, ou North Rim, está a cerca de 30 km da Entrada Sul e fica aberta apenas entre maio e outubro. Durante o inverno, a neve impede o acesso dos turistas. Essa é a parte mais selvagem do parque, perfeita para quem quer uma experiência de contato 100% com a natureza. Já a West Rim, a Entrada Oeste, fica fora do local e mais próxima de Las Vegas. Ali, a atração é a Skywalk, uma passarela com fundo de vidro, em formato de ferradura, que se projeta nas alturas e permite que o visitante experimente caminhar sobre o colossal abismo.
Aproveite ao máximo sua estadia no Grand Canyon
O tempo ideal de permanência no Grand Canyon, isso para quem quiser ver o mínimo, é de 3 dias. O ingresso para entrar custa cerca de US$ 25 e é válido por 1 semana. Há uma série de atividades disponíveis, que vão desde um hiking, com duração de 1 dia, até trekkings que podem variar de 3 a 21 dias. É possível fazer tour de helicópteros, tour guiado de carro ou mulas, cavalgadas e escaladas. E há as viagens de caiaque, com 1, 2 ou mais semanas de duração.
Na hora de se hospedar, você pode escolher ficar nos hotéis dentro do parque ou nos arredores. Fiquei hospedada em Grand Canyon Village, que fica a poucos minutos do parque, no Canyon Plaza Resort, confortável, próximo de lojas de souvenir, restaurantes e de um cinema i-Max, no qual você pode assistir a um sensacional documentário sobre a história do Grand Canyon.