Em 3 décadas o mundo mudou radicalmente, mas ainda não temos carros voadores
No dia 9 de novembro de 1989 o mundo aplaudiu a Queda do Muro de Berlim e um filósofo decretou o fim da história. De acordo com a teoria de Francis Fukuyama, o tal filósofo e cientista político, a Queda do Muro determinou o ponto culminante da história da humanidade, com a derrota do fascismo e do comunismo e o triunfo da democracia.
Quanta ingenuidade, Sr. Fukuyama…
Viajar 30 anos, no passado faz parecer que estamos, hoje, vivendo naquele futuro desenhado pelo diretor de cinema Ridley Scott, no filme Blade Runner, o 1º. Produzido antes da Queda do Muro, sua história acontece em um futurístico novembro de 2019.
Quanta ironia, Sr. Scott…
OK, nossos carros ainda não voam, mas como o mundo mudou nestes últimos 30 anos. O liberalismo realmente teve o seu apogeu, mas tem sido combatido pelo nacionalismo e pela xenofobia. A gente conversa pelo telefone, olhando nos olhos da pessoa, do outro lado da linha, mas justamente ela, a Sra. Inteligência Artificial está tornando o ser humano, um ser obsoleto. A água é o novo petróleo e o medo subliminar da Guerra Fria foi substituído pelo medo, real, do Aquecimento Global.
Aí voltamos ao Dia 9 de novembro de 1989
No meio disso tudo, está a cidade de Berlim, epicentro dessa história, que continua sendo escrita e contada. Antes da Queda do Muro, poucos turistas se aventuravam a visitar Berlim, quase uma cidade tabu. Hoje, a capital da Alemanha é uma das mais belas, visitadas e acessíveis metrópoles do mundo. Reunificada, é a prova de que a história não para.
Berlim, ela mesma, tem muito a revelar aos viajantes que desejam conhecê-la para celebrar um momento importante da história da humanidade.

E aterrissamos no Dia 9 de novembro de 2019
Talvez Berlim seja a metrópole do século 20 que viveu as mais radicais transformações ao longo dos últimos 100 anos. Imagine um longevo morador da cidade que tenha nascido, digamos, no início do século passado.
Enquanto criança, esse berlinense era súdito de Guilherme 2º, do Império Hohenzollern. Ele cresceu no terror da 1ª Guerra Mundial. Tornou-se adulto na República de Weimar. Amadureceu rapidamente ao presenciar a infestação das ideias e dos horrores nazistas e a visão da 2ª Grande Guerra. Tornou-se um cidadão da Alemanha Oriental ou da Ocidental e foi separado das pessoas que amava por um Muro, que viu ser construído e destruído. Hoje repousa em um cemitério ou teve suas cinzas jogadas sobre o território de uma pátria unificada.
Berlim reflete a beleza da Alemanha unificada
Quando você visitar a capital da Alemanha, vai notar que os berlinenses são muito sérios, mas de maneira alguma carrancudos. Essa seriedade tem a ver, penso eu, com tudo o que esses cidadãos passaram e com a responsabilidade de, como cidadãos, não deixarem a história se repetir.
Mas o berlinense tem um amor explícito pela vida e pela sua cidade. Eles até tentam disfarçar, atrás de uma feição séria, mas não conseguem. Prova disso é o belo urbanismo que a cidade exibe, mesclando construções antigas, históricas e super contemporâneas, com praças, parques e jardins. Berlim tem ainda museus sensacionais, shoppings e outlets, restaurantes, cafeterias e casas noturnas que estão cheios a qualquer hora do dia ou época do ano.
Estes são motivos pelos quais você precisa conhecer Berlim.