Embora sob visível preocupação e ambiente visual de ostensiva segurança, os locais e os turistas voltam a marcar presença em grande numero na principal avenida central de Barcelona. Desde a tarde de ontem, quando a região foi liberada para a circulação, o numero de circulantes voltou como em um claro dizer que não haverá intimidação por atitudes terroristas.
“Não temos que ter medo”, disse Enrique Camprubi, residente da cidade há 40 anos. “E não temos medo porque é o que eles querem, o Estado islâmico, eles querem assustar-nos para que fiquemos em casa. Essa é a última coisa que vamos fazer”.
Chamou a atenção o movimento de milhares de pessoas que se reuniram por um minuto de silêncio na praça Catalunya e depois desceram Las Ramblas, cantando e batendo palmas em uníssono.
As bancas de flores onde a van assassina se posicionou antes do ataque, no entanto, permaneceu fechada. Além disso, La Boqueria, um mercado que é uma das atrações turísticas mais famosas da cidade, permaneceu com as portas cerradas.
Hoje houve uma comemoração com a descoberta – são e salvo – do menino de 5 anos e dupla nacionalidade (britânico e australiano), que estava desaparecido desde o dia do ato. Ele havia sido separado da mãe que foi ferida e hospitalizada e a localização foi anunciada após os esforços de sua procura.
A Espanha – que conseguiu evitar ataques terroristas por 13 anos – viveu uma semana absolutamente anormal, em pleno auge da temporada de Verão, com Barcelona lotada de turistas de várias partes do mundo, como de hábito. E depois houve o segundo problema em Cambrils, 100 km distante da capital da Catalunha, quando os choques com as forças de segurança resultaram na morte de cinco jovens marroquinhos, um de 17, dois de 19, um de 21 e outro de 24 anos.
A Espanha considera que a celular terrorista integrada por 12 elementos em dois grupos foi desarticulada, embora o condutor da van que atacou em Barcelona continue foragido e sendo buscado de todas as formas.
O pais assumiu o nível de segurança do alerta 4 e reforçou a vigilância em várias reuniões, especialmente na fronteira com a França, possível rota de fuga dos terroristas.
Entre as manifestações de repudio pelo ataque, uma mensagem do rei Mohamed VI foi enviada ao rei da Espanha. A maior parte do grupo terrorista segundo as identificações das autoridades é de jovens do Marrocos.