Após dias de chuvas fortes em Paris, a previsão é de que a cheia do Rio Sena atinja, ainda hoje, pico de 6 metros acima do nível normal. Segundo informações do governo francês, já são mais de 20 mil desabrigados e 25 mil casas sem eletricidade no país, sendo a maior parte na região próxima à capital francesa.
Em Paris, foram colocadas barreiras de emergência às margens do rio Sena e muitas pontes tiveram que ser interditadas, assim como as pistas que margeiam o rio. Algumas linhas de metrô e de trens também estão interditadas.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente francês, o rio não atingia níveis tão altos desde 1982, quando subiu 6,18 metros. Em 1955, havia sido registrado um pico de 7,1 metros e, em 1910, um pico de 8,62 metros.
Em comunicado aos jornalistas divulgado hoje (3), o Ministério do Meio Ambiente da França afirmou que vários afluentes do Sena sofreram inundações graves, especialmente o rio Essonne.
“Com o dilúvio, foi decretado no Sena alerta laranja na quinta-feira (2) de manhã e, em seguida, esse alerta laranja foi estendido para Paris. O pico de cheia é esperado em Paris na noite de hoje (3), para 6,30 metros ou 6,50 metros, no pior dos cenários”, diz o alerta.
De acordo com o comunicado, esse nível deve “permanecer relativamente estável ao longo do fim de semana”, quando deve começar a baixar. A expectativa do governo, no entanto, é de que o declínio seja mais lento do que a elevação do nível das águas.
O presidente francês, François Hollande, anunciou ontem (2) que vai declarar estado de catástrofe natural para as áreas mais afetadas pelo temporal.
Até o momento, a França registrou pelo menos duas mortes em decorrência das inundações, segundo a Agence France Presse (AFP).
Os museus Louvre e d'Orsay, ambos em Paris, tiveram que ser fechados para a retirada de obras que estão em áreas inundáveis. O Louvre é o museu mais visitado do mundo e recebe nove milhões de visitantes por ano.