Aspectos de renda, moradia, empregos, comunidade, educação, meio ambiente, engajamento cívico, saúde, satisfação com o país, segurança e a relação entre vida pessoal e profissional. Coinciliar estes 11 critérios foi a tarefa concluída pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE. O site da instituição mostra, em detalhes, os 10 melhores países do mundo para se viver:
Em 1o lugar está a Austrália, que conquistou pelo 2o ano consecutivo, o pódio da pesquisa, com a melhor nota em 9 das 11 categorias analisadas. Para se ter uma ideia, no quesito Segurança, a taxa de homicídios do país é de 0,8 mortes para cada 100.000 habitantes. A Austrália também possui o mais alto salário mínimo entre os analisados, além de uma renda per capita média de US$ 31.588.
A Suécia ocupa o 2o lugar no ramking. O país é o mais escolarizado do mundo – 88% dos adultos com idades entre 25 e 64 anos concluíram o ensino superior. Outro detalhe expressivo é o cuidado com a natureza, também notável: 95% dos suecos dizem estar satisfeitos com a qualidade do meio ambiente. O rendimento per capita é de US$29.185.
Em 3o lugar vem o Canadá. Cerca de 89% dos cidadãos afirmam que estão bem fisicamente, muito acima da média mundial de 66%. O per capita médio é de US$29.365.
Na 4a posição está a Noruega, presença permanente, sempre entre os Top 10. Sua nota final foi 7,4. Há um forte senso comunitário entre a população, ambiente livre de poluição, e é claro, sentido de segurança pessoal. Para completar, o rendimento per capita médio é de US$33.492.
A Suíça ocupa o 5o lugar na pesquisa de qualidade de vida global. Fatores determinantes foram a expectativa de vida – 83 anos – e a empregabilidade, pois mais de 80% da população entre 15 e 64 anos possui emprego remunerado. A renda per capita é bem elevada: US$ 33.491.
Em 6o lugar estão os Estados Unidos, anteriormente melhor posicionados. O que compromete é a oscilação entre equilíbrio de vida pessoal e profissional, fator que pesa bastante. O engajamento cívico também se tornou contraditório, especialmente neste confuso ano eleitoral. A renda per capita inigualável, atingindo US$41.355 enquanto a média dos demais é de U$25.908. A qualidade da moradia é outro item positivo: 99.9% da população americana vive em uma habitação que satisfaz as suas necessidades.
Em 7a colocação está a Dinamarca. Satisfeitos com a vida – média de 7,5% – começando pelo rendimento de US$26.491 e a disponibilidade de ter 16,1 horas de seu dia para vida pessoal (incluindo comer e dormir) e lazer. Em um dia normal, 89% dos dinamarqueses afirmam que têm mais experiências positivas do que negativas.
A Holanda é o próximo país, ocupando a 8a posição. Aqui, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional é levado a sério. A remuneração média deUS$27.888, e a Holanda é considerada um país extremamente seguro.
Com a Islândia, chega-se ao 9o lugar. O pequeno país europeu tem um povo muito feliz e satisfeito com a vida. O senso de comunidade é excepcional: 96% da população diz se sentir muito segura e satisfeita com as amizades que tem. A empregabilidade também é um dos pontos altos. Cerca de 82% das pesssoas entre 15 e 64 anos possuem trabalho remunerado. O rendimento per capita médio do país é de US$23.965
Fechando a lista dos 10 países do mundo com melhor qualidade de vida está o Reino Unido. Os britânicos vivem em média 81 anos, e o país está entre os mais seguros, com renda per capital de US$ 27.029.
E o Brasil? A pergunta é completamente justificável, ainda mais com todas as situações vividas pelos brasileiros = inconsistência política + críticas severas à satisfação pessoal e ao senso de comunidade + renda per capita média + escolaridade e a segurança que deixam muito a desejar + economia cambaleante + uma situação que leva seus cidadãos a perguntar: “Para onde vai e prá onde queremos que o Brasil vá?”.
O Brasil tem bom desempenho apenas em poucas medidas de bem-estar em relação a outros países do Índice para uma Vida Melhor. Está bem abaixo da média em renda e riqueza, emprego e rendimentos, moradia, qualidade do ambiente, estado de saúde, educação e qualificações.
Com relação ao índice de emprego, passa pouco dos 60% da população ativa, ainda mais com os milhões de desempregados dos 2 últimos anos, afligidos pela crise econômica.
Boa educação e qualificações são requisitos importantes para conseguir um emprego. No Brasil, 46% dos adultos com idades entre 25 e 64 anos completaram o ensino médio. Em termos de qualidade de seu sistema educacional, o aluno médio obteve pontuação de 402 no domínio de leitura, matemática e ciências, inferior à média da OCDE, de 497.
Com relação à saúde, a expectativa de vida no nascimento, no Brasil, é de 75 anos, cinco a menos do que a média.
E quando questionados sobre a sua satisfação em geral com a vida, numa escala de 0 a 10, os brasileiros consideram que estão em um nível de 6,5. Será ?
Saiba mais = www.oecdbetterlifeindex.org/pt.