Um guia pelo país que é um dos mais ricos destinos da América do Sul
Ao observar o mapa da América do Sul, pode parecer que pelo tamanho do Equador, equivalente ao do estado brasileiro do Rio Grande do Sul, não haja muito a se descobrir e explorar no país. Ledo engano: o Equador é repleto de atrações históricas, de belíssimas paisagens naturais, com uma cultura rica, gastronomia que conquista e um povo pra lá de acolhedor.
Banhado a oeste pelo Oceano Pacífico, possui regiões com belas praias, além de um arquipélago que figura entre os mais famosos do mundo, as Ilhas Galápagos. A Floresta Amazônica abrange uma parte do leste do país, que ainda é atravessado de norte a sul pela Cordilheira dos Andes. Com regiões tão distintas, o país possui atrativos para diversos tipos de turistas, que confirmam, como eu, que viajar pelo Equador é uma experiência surpreendente.
Confira as dicas, e aproveite para agendar sua próxima viagem por esse que é um dos mais ricos destinos da América do Sul.
Explorando Quito e os arredores da capital do Equador
Quito, a capital e 2ª maior cidade do Equador, foi o portão de entrada e ponto de partida para o meu roteiro pela região central do país. Fundada em 1534 com o nome de San Francisco de Quito, a cidade é bonita e aconchegante, e mescla construções modernas que contrastam com seus muitos prédios da época colonial.
Quito possui uma boa oferta hoteleira, com hotéis de cadeias internacionais e também hotéis boutique, com opções para todos os gostos e bolsos. Bons restaurantes e centros de compras, além de museus e teatros garantem a alegria dos turistas. Mas a atração mais surpreendente em Quito é o seu maravilhoso centro histórico.
O Centro Histórico de Quito é considerado um dos maiores e mais bem preservados das Américas, e foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade, pela UNESCO, em 1978
Fazer um tour à pé pelo local é programa imprescindível para quem visita a cidade. São inúmeras construções do período colonial espanhol, muitas praças e mais de 42 igrejas, capelas e monastérios espalhados na sua área de cerca de 3,5 km².
Ao redor da Plaza de La Independencia, que é a praça central da cidade, ficam o Palácio de Carondelet, sede do Governo e a Catedral Metropolitana de Quito, que serviu como sede da sua diocese de 1545 até 1848, e é uma das Igrejas mais antigas da América do Sul. Ambos os prédios possuem notável beleza arquitetônica e refletem em suas fachadas a influência espanhola da época da colonização.
A Praça de San Francisco é outra que se destaca em Quito. Sempre movimentada, fica em frente à Igreja e ao Convento de San Francisco, um complexo arquitetônico do século 16 que conta ainda com um museu. Como em todos os templos do centro histórico de Quito, guarda obras de renome e valor inestimável, haja visto que a cidade foi referência das artes da América espanhola.
E é no altar da Igreja de San Francisco que está a escultura original da Virgem de Quito, cuja réplica gigantesca é avistada de toda a cidade, majestosa, no alto da colina de Panecillo. O monumento da Virgem Alada possui 45 metros de altura, e é formado por mais de 7 mil peças de alumínio, sendo venerado pelos habitantes de Quito, mais de 80% católicos.
Continue caminhando e apreciando a arquitetura do Centro Histórico, pelas suas ruas e ruelas com casas em cujas sacadas os vasos repletos de gerânios coloridos dão ainda mais charme ao conjunto arquitetônico. Cafeterias com mesas e ombrelones nas calçadas são um convite para um momento de descanso, durante o qual é possível observar o ir e vir dos transeuntes pelo local: moradores, alguns ambulantes e crianças impecavelmente vestidas com uniforme escolar se misturam aos turistas que, de câmeras e celulares nas mãos, se mostram ávidos por capturar imagens do local.
Por fim, siga para La Iglesia de la Compañia de Jesús, um dos monumentos religiosos mais importantes e um dos locais mais visitados no centro histórico da cidade de Quito. Seu projeto é um expoente da arquitetura barroca espanhola, com a fachada totalmente esculpida em pedra vulcânica. O trabalho artístico da Igreja é tamanho, e tão rico em detalhes, que levou cerca de 160 anos para ser finalizado.
Ao adentrar na nave, a visão é ainda mais impactante: Repleta de imagens, pinturas e entalhes, o interior da Igreja da Companhia de Jesus é todo revestido em folhas de ouro, e a vista do teto e da imensa abóbada, que se eleva a mais de 25 metros de altura, arranca suspiros dos visitantes. A visita guiada custa US$ 5, e por mais US$ 3 você pode – e deve – subir até o terraço que contorna a cúpula, de onde você terá uma das mais belas vistas do Centro Histórico e da cidade de Quito.
Em La Mitad del Mundo, ande sobre a Linha do Equador
A pouco mais de 25 km de Quito, está La Mitad Del Mundo, uma das atrações mais visitadas na região. O parque, projetado como se fosse uma cidade, possui sua praça principal e abriga museus, cafeteria, loja de souvenirs, de chocolates e monumentos, incluindo o que representa a divisão do planeta Terra em hemisférios norte e sul, com o famoso traçado representando a Linha do Equador.
Visitar La Mitad del Mundo é uma experiência super bacana e vale a pena fazer a visita guiada para conhecer todas as curiosidades do local. Inclusive, você vai saber que onde está o monumento, não é o local exato da linha imaginária, já que GPS´s mais modernos puderam apurar que o local de latitude 0° 0′ 0” está a alguns poucos metros de lá, o que pode ser comprovado pela tecnologia dos nossos próprios celulares, e render ótimas fotos para recordação.
Pelo museu Inti Ñan, os visitantes podem conhecer um pouco mais sobre a história do Equador e também das tribos indígenas que habitavam a região amazônica do país e alguns de seus costumes, como o ritual Tsantsa, que consistia em encolher as cabeças dos inimigos mortos e usá-las como troféus.
Na área dedicada ao cacau, a história do chocolate equatoriano, que é considerado dos melhores do mundo, é apresentada aos visitantes, que têm a oportunidade de comprar barras e tabletes com blends diversos por preços convidativos.
O ponto mais esperado do passeio é quando se chega, literalmente, na metade do mundo. Além de fotos, pode-se observar monumentos, totens, relógios de sol de extrema precisão e participar de experiências que, além de divertidas, são verdadeiras aulas de física e geografia a céu aberto.
Vulcões e mais vulcões, e o gigante Cotopaxi
O Equador faz parte do chamado Anel de Fogo do Pacífico, região propensa a erupções vulcânicas, e em seu território encontramos mais de 85 vulcões, sendo que pelo menos 35 deles ainda estão ativos. Por isso, uma viagem ao país não estará completa sem a visita a algum deles. E a grande estrela está a apenas 70 km de Quito. O grandioso Cotopaxi.
Um dos maiores vulcões ativos do mundo, o Cotopaxi é regularmente monitorado pela La Escuela Politecnica National e pelo governo do Equador. Seu tamanho impressiona, e, mesmo sendo avistado de vários pontos de Quito, já que seu cume chega a quase 6.000 metros de altitude, ficar à frente da imponente montanha é sensação indescritível.
O Cotopaxi fica dentro do Parque Nacional de mesmo nome, que em 2015 ficou fechado por quase 1 ano, já que o gigante passou vários dias, no período, expelindo cinzas. Pouco antes da minha viagem, o Cotopaxi entrou em atividade vulcânica, mas nada tão sério que impedisse a abertura do parque: nos dias em que estive por lá, apenas as escaladas guiadas ao seu cume estavam suspensas.
Dica primordial para quem vai curtir essa experiência: Seja qual for a época no ano, vá preparado para o frio e vento. Devido à alta altitude, no local faz frio, muito frio, além de ventar e garoar. Um casaco corta-vento impermeável, além de calçados impermeáveis e anti-derrapantes não devem ser esquecidos.
Por lá, o tempo muda num piscar de olhos, mas nada impede o registro da emoção de estar de frente ao gigantesco vulcão, com sua forma de cone perfeita e o cume sempre coberto de neve. Uma caminhada ao redor da Laguna de Limpiopungo, dentro do parque, garante a vista ao vulcão de diversos ângulos.
Quem tiver o privilégio de visitar o local num dia ensolarado garantirá a foto perfeita da viagem, quando é possível capturar a imagem do Cotopaxi refletida nas águas límpidas de Limpiopungo. No dia em que fui, o tempo não ajudou. Vai ficar para a próxima visita!
Rumo a Ingapirca, muitas atrações pelo caminho
Continuando rumo ao sul do país, boa dica de roteiro são as paradas entre Quito e Ingapirca, onde encontramos as famosas ruínas do Império Inca. O trajeto desde o Parque Nacional Cotopaxi até Ingapirca leva umas 6 horas de carro, então o melhor a fazer é intercalar paradas estratégicas no percurso.
1ª Parada = Hacienda Nagsiche
Um almoço na Hacienda Nagsiche, situada em Mulalillo, ainda na província de Cotopaxi, é boa opção. A centenária fazenda foi ocupada por monges franciscanos e jesuítas até 1852, e muitas de suas estruturas permanecem como eram.
O restaurante é especializado em pratos da região andina e da cozinha internacional, e é necessário agendamento. O menu inclui a tradicional Locro de entrada, uma sopa de batatas servida com abacate e queijo, seguido de costeletas de porco, arroz com açafrão e salada verde, e rocambole de chocolate com sorvete como sobremesa. Tudo feito na Hacienda, com produtos e ingredientes de lá.
Além de se deliciar com pratos fartos e aconchegantes, os visitantes são conduzidos pelos proprietários a um tour pelas instalações da Hacienda, tanto pelo seu interior adornado com muitas obras de arte, quanto pelos seus jardins, pomares, e a antiga arena de touradas, muito bem revitalizada.
A Hacienda Nagsiche possui também uma mini-cidade em seu interior, chamada de El Pueblito, que na verdade é uma pousada com 14 casinhas de 1 ou 2 quartos, ao redor de uma praça com capela, bar e até mercado que vende delícias colhidas ou produzidas na fazenda.
2ª Parada = Hostería La Andaluza
Para passar alguns dias ou somente pernoitar, não há opção tão feliz quanto a Hostería La Andaluza, já próximo a Riobamba. Um mistura de hotel boutique + museu está a espera dos hóspedes.
A Hostería é cercada por um visual que parece ter saído de um conto de fadas, a começar pelos seus jardins, repletos de coelhinhos saltitantes e pelos pavões elegantes que desfilam entre os arbustos floridos, sem se incomodar com a presença dos hóspedes.
Os espaços comuns, lobby, salas de estar e leitura, todos são caprichosamente decorados, num rústico chic aprimorado por peças de arte dignas de um museu.
Os apartamentos são grandes e confortáveis e o restaurante oferece pratos da cozinha regional e internacional, e boa carta de vinhos. O hotel possui também um bar e Spa completo, onde são oferecidos diversos tratamentos e massagens, além de salas próprias para ioga e meditação.
Ingapirca, a Machu Pichu do Equador
Ingapirca é o maior e mais importante conjunto de ruínas pre-colombianas do Equador. Numa altitude média de 3.180 metros, o sítio arqueológico está localizado na província de Cañar, a pouco mais de 80 km de Cuenca, e foi ocupado por vários grupos que compunham a nação Cañari (500 a 1480), que formavam uma civilização avançada para a época, ressaltando as habilidades que possuíam em construções, cerâmicas e também pelo desenvolvido entendimento sobre o sistema de cultivo e irrigação.
O destaque do complexo é o Templo do Sol, construído no topo de uma antiga rocha, cujo impressionante trabalho em pedra pode ser totalmente apreciado, com rochas esculpidas à mão, formando paralelepípedos tão precisos que, empilhados um a um e sem a necessidade de argila para fixá-los, formaram construções impressionantes, sólidas até os dias atuais.
A vista do local é maravilhosa, tanto do vale e das montanhas ao redor quanto do que restou da civilização. Uma casa erguida para demonstrar com fidelidade como eram as habitações onde viviam é a única construção não original do local. Durante o passeio, vá seguindo pelas trilhas bem sinalizadas por placas explicativas, e, sendo observado pelas lhamas que habitam o vale, entre no clima bucólico que reina sobre a atração.
Se o fôlego deixar (lembre-se da altitude), ao final do tour percorra o caminho bem atrás do Templo do Sol, com uma escadaria que sobe ao topo da montanha e depois desce ao fundo do vale.
Além de paisagens naturais belíssimas, há uma pedra chamada A Face do Inca, onde pode-se ver uma imagem semelhante a um rosto humano na formação natural da rocha. Na saída, não deixe de visitar o pequeno museu que expõe artefatos de cerâmica e ferramentas da época. O local oferece ainda cafeteria e loja de souvenirs.
Cuenca, uma preciosidade equatoriana
Cuenca é daqueles destinos que fazem uma viagem se tornar inesquecível. A 3ª maior cidade do Equador tem em alguns pontos uma aparência tranquila de uma cidade do interior, e conquista seus visitantes pela sua beleza, seu charme, seu centro histórico e pela civilidade e receptividade da sua população.
Com o nome oficial de Santa Ana de los Ríos de Cuenca (Cuenca é cortada por 4 rios) está a cerca de 2600 metros de altitude, e a pouco mais de 200 km de Guayaquil, e é considerada por muitos a cidade mais bela do Equador.
Seu centro histórico, assim como o de Quito, foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, e, repleto de construções da época do período colonial da América do Sul, é o principal atrativo da cidade.
Comece seu roteiro partindo do Parque Calderón, a praça principal de Cuenca, que tem em seu entorno muitos prédios históricos e as 2 principais igrejas da cidade: a grandiosa Catedral de la Inmaculada Concepción e a Iglesia El Sagrario, que abriga um museu.
A Catedral de la Inmaculada Concepción é conhecida como a catedral nova, já que sua construção é mais recente. Cartão postal de Cuenca, com suas imensas abóbodas azuladas, é avistada de vários pontos da cidade. Durante a noite, recebe iluminação azul, o que torna o visual ainda mais maravilhoso.
A visita ao topo é possível, e o acesso é feito por uma enorme escadaria interna, que leva a um pátio em meio as cúpulas de onde se avista toda a cidade. A subida vale a pena, a vista de lá é estonteante.
Seguindo pelas ruas do centro histórico, parada obrigatória é na Plaza de las Flores, que fica em frente à Iglesia y Monastério del Carmen de la Asunción. A feira de flores que ali funciona deixa a cidade colorida até mesmo nos dias nublados e chuvosos, e cafeterias e bares charmosos completam o visual do entorno.
O Centro Histórico não é a única atração de Cuenca. A beira do Rio Tomebamba estão o charmoso Parque De La Madre e a antiga Puente Roto, coberta com inúmeros guarda-chuvas nos tons que vão do lilás ao roxo. O local é perfeito para uma caminhada, e um convite a se sentar em um dos inúmeros bares e lanchonetes que se espalham por lá.
Não deixe de conhecer um dos Mercados Municipais de Cuenca
Os Mercados Municipais da Cidade são, sem dúvida, atrações à parte. Estivemos no Mercado 10 de Agosto (todos os mercados de lá são nomeados por datas) que fica bem na região central da cidade. O colorido dos legumes tenros se mistura ao perfume das frutas frescas, tudo tão impecavelmente limpo que dá prazer em apreciar. Escadas rolantes te levam ao segundo andar, que é uma praça de alimentação cercada de lojas que comercializam pratos e bebidas típicas.
Mote Pillo, Tortillas, Tostadas, Tigrillos, Humitas, Quimbolitos… mesmo sem saber qual era qual, o cheiro de comida feita na hora toma conta do ambiente, e não há visitante que resista em experimentar um dos quitutes ali vendidos.
Chapéu Panamá? É do Equador!
Por fim, em Cuenca, não deixe de visitar o Museo Del Sombrero. O complexo reúne inúmeras salas onde guias explicam a origem dos famosos chapéus Panamá (que, sim, na verdade são produzidos no Equador!), seu modo de fabricação e dão aos visitantes uma verdadeira aula sobre os tipos de palhas, suas qualidades e o que diferencia um chapéu do outro.
Anexo há uma loja onde você pode escolher e personalizar o seu exemplar, com preços que variam dos US$ 40 até US$ 1.500, dependendo da espessura e da qualidade da palha utilizada na fabricação. Ah, e no rooftop há ainda uma cafeteria charmosa, com mesas na sacada, onde são servidos cafés, sucos, cervejas e laches.
Conheça a história de Cuenca no Museu Pumapungo
Em contraste ao centro antigo da cidade, está o Museu Pumapungo de Cuenca, uma construção moderna com exposições sobre a história e evolução dos seus povos originários. As exposições itinerantes estão sempre se renovando, e em novembro, quando estive lá, estava acontecendo a exposição Textiles Del Ecuador, com a proposta de demonstrar o variado repertório de tecidos e vestimentas que fizeram parte da cultura das civilizações e das etnias da região.
Tanto o museu quanto seu anexo, o Parque Etnobotânico de Pumapungo, são lugares ideais para conhecer as culturas Cañari e Inca, que deixaram sua marca em Cuenca. Pelo parque, situado nos jardins do complexo, há ruínas daquilo que já foi centro cerimonial da antiga cidade de Tomebamba, datadas do final do século 15. Por suas grandes e arejadas galerias e pelo seu completo acervo, o Museu Pumapungo é visita obrigatória para quem está em Cuenca.
E o Equador deixou saudade!
Depois de tantas descobertas e surpresas, de visões fantásticas e aulas de cultura e história, chega ao fim minha viagem ao Equador. Uma viagem a um país que merece ser conhecido, uma viagem que deixa saudade, ótimas lembranças e boas amizades. Uma viagem que terminou com gosto de quero mais!
Dicas de Quito
Onde ficar – Swisshotel Quito
O Swisshotel Quito é ótima pedida para os dias em que vocês estiver na cidade e fazendo passeios pelos seus arredores. Bem localizado, o hotel fica no bairro Floresta de Quito, uma área comercial e residencial na parte nova da capital equatoriana. Ao todo, são 275 habitações confortáveis, equipadas com ar condicionado, TV a cabo e por assinatura, wi-fi, frigobar, estação para preparar café e chá, banhos grandes com amenities.
O hotel oferece ainda 3 restaurantes, fitness center, spa e piscinas externa e coberta. Sem dúvidas, um dos principais 5 estrelas de luxo da capital equatoriana.
Onde comer – Quitu Identidad Culinaria
Boa dica para quem quer conhecer a culinária típica do Equador com uma visão moderna e diferenciada é o restaurante Quitu Identidad Culinaria. Sempre elaborados com ingredientes frescos e sazonais, os menus mudam diariamente, e são servidos numa sequência que pode variar de 4 a 10 pratos, e a experiência pode ou não ser harmonizada com vinhos. É considerada uma das melhores cozinhas da cidade, comprovando por que o Equador tem se firmado como destino gastronômico.
Dicas de Cuenca
Onde ficar – Hotel Cruz Del Vado
O exclusivo hotel boutique Cruz Del Vado fica num edifício histórico de Cuenca, construído há 90 anos, que passou por restauração para abrigar a propriedade. Sua imponente fachada em mármore rosa tem uma bonita vista para a cidade. São 26 apartamentos dispostos em 3 andares, ao redor de um mezanino central. Finamente decorado, o hotel abriga obras de arte pelos seus espaços comuns. Com localização privilegiada, possui restaurante e bar no rooftop, ambos com linda vista para a cidade.
Onde comer – El Mercado
O charmoso restaurante El Mercado está localizado no coração de Cuenca, num ambiente arejado e bem decorado. Com uma proposta de cozinha rústica, que valoriza os ingredientes regionais, seus pratos refletem a fusão da culinária internacional com a culinária típica do Equador.
O El Mercado não é apenas restaurante, possui ambientes distintos que abrigam bar e salão de chá. O Rolinho de Caranguejo, servido de entrada, e o Stinco de Cordeiro, como prato principal, estavam de comer de joelhos. Equipe preparada e atendimento diferenciado, e ressalto a simpatia do garçom Washigton Moya. Na entrada do restaurante, há ainda uma loja que vende artesanato, joias em prata e quitutes locais.
Dicas de Ingapirca – Onde ficar e comer
Ainda que não vá passar dias em Ingapirca, um lugar que vale a pena fazer uma parada para se preparar para as caminhadas pelas ruínas é a Pousada Ingapirca. Numa localização privilegiada, a pousada possui também restaurante que é aberto a não hóspedes, que serve pratos da cozinha regional. Pedi a tradicional Locro de Papas, a sopa de batatas típica da região, seguido de Iscas de Cordeiro e Dulce de Albaricoque (apricot) como sobremesa. Ah, e de entrada a saladinha de grãos diversos estava deliciosa.
A culinária no Equador, por mais simples que seja, é nota 10!