Experiências fora do comum para tornar a sua viagem surpreendente
A Argentina é um destino conhecido pela diversidade de atrações que encantam seus visitantes. Esquiar, em Bariloche ou Las Leñas, é a aventura mais popular entre os turistas brasileiros que viajam para o destino. Fique por dentro de duas experiências fantásticas que o pais hermano reserva a seus turistas.
Correntezas de diversão – os rios da Argentina são um convite à aventura do rafting
Um esporte que tem atraído cada vez mais visitantes é o rafting, que tem uma série de destinos nesse país povoado de rios agitados, alimentados pelas águas que descem das cordilheiras.
Em Mendoza, esses locais ficam no rio de mesmo nome e no Rio Atuel, saindo da cidade de San Rafael. Em San Martín de Los Andes, no rio Chimehuin ou no Hua Hum. E em Esquel, no rio Corcovado, as paisagens e os trajetos são diferentes, mas a adrenalina é a mesma.
Rafting, o esporte de descer corredeiras dentro de botes infláveis, tem um nome que vem de raft, que significa jangada, em inglês. Mas os botes usados para esse esporte estão bem distantes das embarcações simples que desciam os rios de antigamente.
Os botes hoje são produzidos com uma liga especial de neoprene e poliéster, chamada “hypalon”, desenhada de maneira a amortecer os impactos. Também são projetados de modo a que o excesso de água escoe para fora. Essas características, em conjunto com os equipamentos de proteção, como coletes e capacetes, garantem que os participantes possam aproveitar a aventura com toda a segurança necessária. Tudo isso é fornecido pelas agências que oferecem os passeios. Instrutores treinados e experientes também fazem parte do pacote que garante a tranquilidade durante os trajetos.
Como no esqui, há percursos mais adequados para iniciantes e outros para praticantes mais experientes. No verão, quando o gelo das montanhas derrete, muitos rios ficam mais volumosos e acelerados. Nos períodos mais frios, quando o nível das águas diminui, a velocidade da correnteza diminui e as viagens ficam mais acessíveis.
Nos pontos mais conhecidos de rafting na Argentina os rios têm uma dificuldade entre 2 e 3, adequados para iniciantes e intermediários — em uma escala onde o nível 5 é considerado para praticantes experientes e o nível 6 é considerado extremo.
A grande vantagem dos destinos de rafting na Argentina é que não ficam em locais distantes e sem infra-estrutura: pelo contrário, todos estão próximos de cidades que possuem um cardápio de atrações para todos os gostos.
Mendoza, San Martín de Los Andes e Esquel, por exemplo, atraem no inverno visitantes que buscam a neve para esquiar. Em Mendoza, famosa por conta das bodegas que produzem os vinhos malbec que conquistaram o mundo, a gastronomia é um destaque. E também há toda a espécie de esportes de aventura, de trekking e escaladas até parapente. Em San Martín de Los Andes os esportes radicais fazem par com as jornadas ao vulcão Lanín e a Rota dos Sete Lagos. Em Esquel, a estação de esqui de La Hoya divide as atenções com os túneis de gelo, o Parque Nacional Los Alerces, com suas árvores milenares, e viagens na simpática Trochita, uma maria fumaça do início do século passado. Ou seja, aventuras não faltam para quem visitar a Argentina.
Como chegar: Mendoza tem vôos diretos a partir de São Paulo e de Buenos Aires. San Martín de Los Andes e Esquel têm vôos diretos a partir de Buenos Aires.
O paraíso das baleias – Península Valdés, no sul do país, é o lugar do mundo onde há mais chance de se avistar baleias
Já imaginou viver a sensação de estar num documentário sobre a natureza? É exatamente isso que uma viagem pela Península Valdés reserva aos seus visitantes.
Quem vem pela estrada já pode vislumbrar à distância animais como os guanacos (parentes das lhamas, de pêlo mais curto), lebres patagônicas, flamingos e gaivotas, entre as mais de mil espécies da fauna que habita a região.
Mas o espetáculo único, que atrai a maioria dos turistas, está em exibição nos quase 4.000 km2 de enseadas e falésias que recortam a Península, uma das áreas naturais da Argentina que faz parte da lista de Patrimônios da Humanidade da Unesco.
Essa região é considerada pelos especialistas como a melhor do mundo para observação de baleias, que ali vão para se reproduzir e cumprir os primeiros meses da educação de seus filhotes para a sobrevivência. Baleias francas austrais e orcas são as grandes estrelas, em um espetáculo do qual também participam lobos e elefantes marinhos, pinguins e golfinhos de diversas espécies.
Entre março e maio é comum que as orcas apareçam com seus filhotes para ensiná-los a caçar. O viajante, com apenas um pouco de sorte, pode presenciar ao vivo um desses momentos que normalmente só se vêem em documentários de natureza.
Em algumas praias, inclusive, é possível observá-las no máximo de sua ousadia, utilizando uma tática que só é observada nessa parte do mundo. É quando elas se jogam sobre a areia para tentar conseguir seu almoço entre as focas da região, mesmo sabendo do perigo de encalharem.
Já as baleias francas, com seus 15 metros de comprimento e pesando até 47 toneladas, trazem sua presença majestosa entre junho e dezembro — e também é comum encontrar as mães nadando ao lado de suas crias.
O Golfo Nuevo, perto da cidadezinha de Puerto Pirámides, é considerado o lugar do mundo em que há a maior chance de se visualizar uma baleia durante um passeio de barco. Ao longo da costa há diversos pontos onde podem ser encontradas colônias de lobos e elefantes marinhos. Em toda a área, entre setembro e março, há muitos pinguins. E os guias experientes sabem que, em Punta Tombo, um destino logo ao sul de Puerto Madryn, eles marcam presença o ano inteiro.
A maioria dos turistas prefere se hospedar em Puerto Madryn, a cidade mais próxima da Península, onde há diversos hotéis e restaurantes. Mas há quem opte por ficar na maior cidade do entorno, Trelew, que fica a cerca de 60 quilômetros dali, embora tenha menos infraestrutura turística.
As duas possuem voos diretos a partir de Buenos Aires. E há também quem prefira ficar dentro da própria Península, na pequena cidade de Puerto Pirámides, que possui pouco mais de 500 habitantes, mas é fascinante. Em toda a área da Península Valdés, a sensação é de estar dentro de um programa da NetGeo, só que ao vivo.
Como chegar: Pelo Aeroporto de Puerto Madryn, na província de Chubut, com vôos de cerca de 2 horas a partir de Buenos Aires.