Crie um roteiro para conhecer os fatos marcantes da história da capital espanhola
Era uma vez uma vila chamada Magerit. Assim poderia começar a história da atual capital da Espanha, Madri. A cidade nasceu pequenina, fundada pelos conquistadores vindos do Norte da África, que dominaram a região da Península Ibérica por 700 anos. Esses conquistadores, de pele escura, rica cultura e religião muçulmana ganharam dos cristãos o nome de mouros. Já o nome Magerit, que vem do árabe, significa lugar de corrente de água, referência ao rio Manzanares, que corta Madri.
Antes de se tornar a grande metrópole dos dias atuais, Madri, que nasceu em meados dos anos 800, era uma cidade fortaleza fundada para proteger Toledo, que, naquela época, era a capital do reino dos muçulmanos. No século 17 ela foi aclamada capital da Espanha pelo rei Filipe 2º e se tornou o centro político e cultural do país.
Se você gosta de criar roteiros de viagem que incluam fatos relevantes da história de uma cidade, aqui estão algumas atrações históricas e culturais que merecem ser visitadas quando você aterrissar em Madri.
Muralhas Muçulmanas + Catedral de Almudena = Origem de Madri
Visite as ruínas do Magerit original, as muralhas mouras que protegiam a cidade, localizadas perto da Catedral de Almudena, ao lado do Palácio Real.
As Muralhas Mouras de Madri foram construídas no século 9 e são os vestígios mais antigos da cidade, marcando a fundação da vila Magerit. Projetadas para proteger Toledo, elas foram estrategicamente localizadas em uma colina com vista para o rio Manzanares. Declaradas Monumento Nacional em 1954, é possível ver o que restou das muralhas nas vizinhanças da Catedral de Almudena.
A Catedral de Almudena é uma atração histórica e arquitetônica. Ela mistura os estilos neogótico, neorromântico e neoclássico, que refletem o tempo dispendido em sua construção, que durou mais de 100 anos. Consagrada pelo Papa João Paulo 2º, é dedicada à Virgem de Almudena, padroeira da capital espanhola. Uma das mais belas vistas panorâmicas da cidade pode ser apreciada a partir da cúpula da catedral.
Plaza de la Villa = Os cristãos conquistam Madri
Em 1083, o rei Afonso 6º, de Castela, integrou a cidade de Madri aos reinos cristãos espanhóis e começou a acrescentar detalhes da cultura cristã ao traçado urbano e à arquitetura da cidade. A Plaza de la Villa é uma das mais antigas de Madri e abriga construções datadas do período medieval, logo após a conquista da cidade pelos cristãos.
Plaza Mayor = Madri se torna a capital da Espanha
Em 1561, o rei Filipe 2º mudou a capital de Toledo para Madri, principalmente devido à sua estratégica posição geográfica, no coração da Península Ibérica. A Plaza Mayor foi construída sob as ordens do rei e se tornou o símbolo desse momento histórico. Durante os séculos seguintes, a praça sediou as mais importantes celebrações e eventos públicos de amplitude municipal, regional e nacional.
Palácio Real + Barrio de las Letras = Madri se torna o centro cultural da Espanha
O florescimento da cultura espanhola, seja na literatura, na arte ou na arquitetura, teve seu apogeu nos séculos 16 e 17. Expoentes desse período são o escritor Miguel de Cervantes e o pintor Diego Velázquez. O Bairro Literário exibe estátuas e locais associados a escritores espanhóis desse período, como Cervantes, autor de Dom Quixote, e o poeta Lope de Vega. No bairro, você pode visitar as casas onde Cervantes e Lope de Vega viveram e trabalharam.
Já o Palácio Real, finalizado em 1755 pelo rei Fernando 6º, foi construído para simbolizar o poder da capital e do império espanhol, que atingiu seu auge também nesse período.
Plaza del Dos de Mayo = Invasão Napoleônica.
Em 1808, durante a Guerra Peninsular, Madri se tornou refém do exército francês de Napoleão Bonaparte. Em 2 de maio do mesmo ano os madrilenhos se rebelaram contra a dominação francesa, marcando um momento significativo de resistência na história espanhola. Na Plaza del Dos de Mayo, no bairro de Malasaña, está o Monumento aos Heróis de Dos de Mayo.
Em 1808, durante a Guerra Peninsular, Madri se tornou refém do exército francês de Napoleão Bonaparte. Em 2 de maio do mesmo ano, os madrilenhos se rebelaram contra a dominação francesa, marcando um momento significativo de resistência na história espanhola. Na Plaza del Dos de Mayo, no bairro de Malasaña, está o Monumento aos Heróis de Dos de Mayo.
Museu Ferroviário = A Madri do século 19
Nos anos 1800, a cidade de Madri investiu para se modernizar. O plano estratégico teve como foco a melhoria da infraestrutura ferroviária e de transporte público, o que fez a cidade se expandir rapidamente. Um retrato desse momento pode ser visto no Museo del Ferrocarril — em bom português, Museu Ferroviário —, que exibe o impacto dos transportes na modernização e no crescimento urbano.
Círculo de Bellas Artes = Guerra Civil Espanhola
O conflito aconteceu de 1936 a 1939, quando as forças republicanas caíram diante dos nacionalistas de Francisco Franco, marcando o fim da guerra e o começo do período da ditadura franquista. O Círculo de Bellas Artes é uma das icônicas instituições culturais de Madri que, durante a Guerra Civil Espanhola, foi um refúgio e continua sendo um centro de artes e cultura. É possível ver exposições sobre a guerra e seu impacto na cidade.
Valle de los Caídos = Ditadura de Franco
Com o fim da Guerra Civil Espanhola, Madri se tornou o centro do regime do ditador Francisco Franco. Nesse período, a cidade experimentou crescimento econômico, mas também uma repressão conduzida com mão de ferro. Este período terminou com a morte de Franco em 1975. O Vale dos Caídos é um monumento construído nos limites da cidade que criou muita polêmica. Ele foi erguido sob o regime ditatorial para homenagear os caídos da Guerra Civil Espanhola e acabou se tornando um símbolo divisivo, relembrando hoje um importante e triste momento da história da Espanha.
Bairros de Malasaña + Chueca = A Madri Contemporânea
Após a morte do ditador, a Espanha abraçou a democracia e Madri se transformou em uma capital europeia alegre, colorida e vibrante. A cidade desempenhou um papel central na Movida Madrileña, um movimento cultural dos anos 1980 que celebrou a liberdade de expressão após os anos de censura da ditadura. Os bairros de Malasaña e Chueca foram nevrálgicos para a Movida Madrileña, graças às suas cenas culturais, bares e espaços performáticos e de artes visuais. Ainda hoje, ambas as regiões continuam a alimentar esse legado.
Imperdível é visitar o Museu do Prado
(Por Paloma Tonaco)
O Prado não é apenas um museu. Não é apenas um espaço onde nobres e milionários orgulhosamente doam obras-primas para que os técnicos das artes as restaurem e as coloquem em exibição. Não é apenas um lugar para se apreciar o trabalho de gênios que surgiram ao longo dos séculos. O que ninguém nos diz, quando pegamos o ticket gratuito depois das 18h30 das terças-feiras, é que o Prado é um lugar mítico.
Quem passa pelos arcos do antigo palácio e deixa para trás o balcão para guardar casacos e as lojas que vendem souvenirs de grifes atravessa uma fronteira invisível que nos leva a outra dimensão.
Por um labirinto sem fim, apresentam-se a nós mundos encantados. Das paredes, saltam figuras fantásticas, bustos de memoráveis desconhecidos e a eterna paixão pelos temas religiosos. Você caminha por entre bosques, escala o gótico e ouve o inconfundível farfalhar dos trajes impressionistas.
Nesse ambiente fictício e completamente real, Las Meninas brincam com cachorros, na frente de Velázquez. Saturno devora seu filho, Las Tres Gracias presenciam Los Fusilamientos del 3 de Mayo, e Cristo é crucificado, em cores e linhas tão diversas quanto são as musas retratadas.
É La Mesa de Los Pecados Capitales, David Vencedor de Goliath e Doña Isabel La Católica Dictando su Testamento, tudo junto, num harmonioso desequilíbrio. Como a Espanha, o Prado tem espírito e personalidade próprios. Ser tragado é inevitável.
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