Natureza + Trilhas = Surpresas + Curiosidades + Desafios + Muita Beleza
O Panamá liga todas Américas = Central + do Sul + do Norte, como também sintetiza a riqueza natural contida no Continente Americano. Quem já visitou o país certamente conheceu o seu lado moderno e cosmopolita, simbolizado pela Cidade do Panamá. Arranha-céus e arquitetura de última geração, comércio diversificado, Centro Histórico restaurado, hotelaria e restaurantes premiados e um excelente serviço turístico dão boas-vindas aos turistas.
O Panamá também é sinônimo de praias espetaculares. Quem curtiu o mar cristalino, a areia branca e a sensação de paz e tranquilidade que Bocas del Toro + Chiquirí + San Blas propiciam, sabe do que estamos falando. Porém, o seu lado monumental é a natureza selvagem que o país abriga e preserva. Ela é apresentada aos viajantes interessados em aprofundar sua visão do país, seja através do contato direto com a natureza ou de atividades que fogem do lugar comum. E quando se fala no Panamá como um destino de natureza, as opções são cênicas e até mesmo radicais, mas todas surpreendentes. Seja qual for sua ideia de viajar para entrar em contato com a natureza, haverá sempre um roteiro a disposição.
A Reportagem Travel3 destaca 9 Parques Nacionais panamenhos que embelezarão ainda mais a sua viagem. Cada um deles se encaixa em um perfil de viajante e literalmente se distanciam do turismo de massa. Ao invés de filas e do congestionamento de uma multidão ao seu redor, você se verá cercado de ar puro e, no caso do Panamá, da mais autêntica fauna e flora tropical.
ROTEIRO 1 – PARQUE NACIONAL DO VULCÃO BARÚ
Para ter uma experiência única no mundo
O único lugar no mundo de onde se pode avistar ao mesmo tempo, o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico, é no topo de um certo vulcão. E esse vulcão, o Barú, está no Panamá, na região de Chiriquí. Ele está entre os poucos parques nacionais do mundo que oferecem uma experiência exclusiva. Ao turista ele disponibiliza uma variedade de trilhas, com diferentes graus de dificuldades. Algumas são curtas e fáceis de completar, enquanto outras são desafiadoras, mas valem cada quilômetro percorrido.
Com quase 3.500 metros e 7 crateras, o Vulcão Baru é o 12º mais alto pico da América Central. Se o seu objetivo é alcançar o topo, há caminhos alternativos. O mais fácil é embarcar em um veículo 4×4 e entrar no parque a partir da cidade de Boquete. Outra opção, de dificuldade moderada é pegar uma trilha também na cidade de Boquete. Por fim, a trilha para quem tem um bom preparo físico e experiência em trekkings começa na cidade de Volcan. No total serão cerca de 8 horas para chegar ao topo e retornar.
Quem deseja uma experiência mais intensa, pode contratar um tour guiado e passar uma ou mais noites no alto da montanha para apreciar o nascer e o pôr do sol e pegar um dia claro o suficiente para se ver acima das nuvens, entre os 2 maiores oceanos do planeta, que estão lá embaixo. Por si só essa visão já vale a visita ao Parque Nacional Vulcão Baru.
ROTEIRO 2 – PARQUE NACIONAL DE SANTA FÉ
Para misturar aventura com história
São 3 horas de viagem que separam o Parque Nacional de Santa Fé da Cidade do Panamá. Seu nome faz referência a cidade de Santa Fé, considerada a mais antiga do país. Quem visita o parque precisa conhecer a cidade e vice-e-versa. A descoberta de histórias e tradições se mistura com a natureza selvagem. O parque é conhecido pela quantidade de cachoeiras que vão até o coração da floresta, pontilhando as trilhas pelo caminho. Seja a pé ou a cavalo, o viajante poderá observar centenas de espécies de pássaros e um outro tanto de espécimes de borboletas. Orquídeas e flores nativas encantarão os apaixonados pela flora.
Justamente por causa do número de quedas d’água, a maior parte das trilhas do Santa Fé passa ou termina em algumas delas. Uma das mais populares, pela facilidade do acesso, é a do Alto de Piedra. A trilha tem apenas 1 km de extensão. Já a cachoeira de Bermejo é conhecida por sua imponência. Com 35 metros de altura, para chegar até as suas margens é preciso caminhar por cerca de 2,5 km. Seja qual for o tamanho e a duração da trilha, é importante se preparar. Leve água, um lanche leve, mas nutritivo, e até mesmo contrate um guia, pois o parque não possui infraestrutura de apoio. Daí o gostinho de aventura.
ROTEIRO 3 – PARQUE NACIONAL METROPOLITANO
Para ter uma visão Selvagem da Cidade do Panamá
Nova York tem o Central Park, Londres, o High Park e São Paulo, o Parque Ibirapuera. Mas é a Cidade do Panamá a única metrópole do mundo que abriga uma autêntica Floresta Tropical em um centro urbano. Localizada a poucos minutos do Centro da cidade, essa floresta se transformou num dos parques nacionais do país, com cerca de 580 acres e preserva mais de 200 espécies de aves, cerca de 50 de mamíferos, aproximadamente 35 tipos de cobras e 15 de anfíbios. Das aproximadamente 280 espécies de plantas catalogadas estão árvores cuja altura chega a alcançar os 115 metros.
Dentro do Parque Nacional Metropolitano você pode percorrer 5 trilhas diferentes. Uma boa sugestão é contratar um tour guiado para conhecer curiosidades e histórias sobre a fauna e a flora da floresta. Para quem adora fotografar paisagens, uma dica é percorrer a trilha Mono Titi. Ela termina no topo do Cerro Cedro, que dá acesso a espetacular vista do entorno. O borboletário do parque é uma atração imperdível que também serve como um ponto de descanso para o caminhante fazer uma pausa entre uma trilha e outra.
ROTEIRO 4 – PARQUE INTERNACIONAL LA AMISTAD
Para fazer um trekking em um Patrimônio da UNESCO
Esse é um dos parques nacionais da América Central feito sob medida para ecoturistas e esportistas em busca de contato com o mundo selvagem. O Internacional, no nome do parque, faz jus à sua localização. Ele está na fronteira do Panamá com a Costa Rica e é protegido pelos 2 países. Trilhas se ramificam pelo seu interior oferecendo cenários de impressionante beleza. A grande aventura aqui é fazer um trekking de vários dias, acampando para observar a vida animal, apreciar a fauna tropical e entender por que a UNESCO, em 1983 declarou o local Patrimônio Mundial. La Amistad está localizado na província de Chiquirí e o ideal é, também, contratar os serviços de um guia especializado.
ROTEIRO 5 – PARQUE NACIONAL SOBERANÍA
Para a família descobrir unida
Entre todos os parques nacionais, esse é o mais próximo da Cidade do Panamá, a apenas 30 minutos de distância. Por isso ele é um destino perfeito para a família descobrir unida. Para começar, crianças, jovens e adultos se surpreenderão durante a visita ao Panama Rainforest Discovery Center. Esse centro de visitantes está instalado no topo de um farol de 32 metros de altura e oferece, além da vista sensacional, uma visão lúdica e educativa do ecossistema local e de como podemos, cada um a sua maneira, proteger a natureza.
O Parque Nacional Soberanía preserva uma floresta tropical seca, habitat natural de centenas de espécies. Elas podem ser observadas durante as caminhadas pelas trilhas que o cortam. Quem, por exemplo, percorrer el Camino del Oleoducto vai avistar uma grande quantidade de pássaros como tucanos, pica-paus, águias, cucos e gaviões, entre outros. Já el Camino de la Plantación tem 13 km de extensão e revela os recantos mais cênicos, a partir de mirantes que se espalham pelo percurso. Parte da riqueza do país percorreu o Camino de Cruces, cuja história é o tema principal. Esta trilha foi aberta no início do século 16, durante a colonização espanhola. Ela ligava a Antiga Cidade do Panamá ao porto. De lá, os navios cargueiros zarpavam levando para a Espanha o ouro, a prata e as especiarias extraídas do solo panamenho.
ROTEIRO 6 – PARQUE NACIONAL CHAGRES
Para aventureiros de terra firme e de água doce
O Rio Chagres é o mais importante do Panamá e o Parque Nacional Chagres segue o seu curso. Por isso o visitante pode optar em fazer atividades em terra firme ou dentro d’água. É possível, por exemplo, andar de caiaque, embarcar num rafting ou simplesmente pescar. Para quem tem preparo físico e está à procura de um saudável desafio, a opção é percorrer parte do Caminho Real. Essa via foi aberta no período colonial para transportar mercadorias entre o litoral do Atlântico e o do Pacífico. Partes do seu calçamento original ainda pode ser visto. A experiência de percorrê-lo foi considerada pela revista National Geographic uma das melhores atividades de trekking da América Central e do Sul.
Outra experiência que vale a pena ser vivenciada nesse parque é conhecer a comunidade indígena Emberá. O povo que habita a região criou passeios de baixo impacto no coração da floresta, como uma maneira hospitaleira de dar boas-vindas aos visitantes mostrando um pouco do dia a dia na selva. O Chagres está entre os parques nacionais panamenhos que não têm infraestrutura de apoio. Por isso é preciso contratar os serviços de um receptivo local, através de uma boa agência de viagens no Brasil.
ROTEIRO 7 – PARQUE NACIONAL COIBA
Para mergulhar, surfar e aproveitar a praia
Para entrar no Parque Nacional Coiba você precisa de uma autorização que pode ser obtida através da sua agência de viagem no Brasil. Mas esse pequeno detalhe burocrático em nada tira o brilho da experiência que você terá. Por toda a sua exuberância e diversidade biológica, o Coiba é um dos parques nacionais que se transformaram em Patrimônio Mundial da UNESCO em 2005. Ele é uma reserva marinha e um destino de mergulho de primeira grandeza, que está entre os mais procurados do planeta.
Você chega ao Coiba facilmente, a partir de várias localidades. O trecho mais curto leva 1 hora e 15 minutos, a partir de Santa Catalina, em Veraguas. Quem visita o parque pode alcançar o recife Bahia Damas, considerado o maior da Costa Oeste do continente americano. Entre as espécies mais vistas pelos mergulhadores estão as arraias mantas e os tubarões-martelo. Já a temporada dos tubarões-baleia, um dos maiores peixes do oceano, vai de dezembro a abril. Quem gosta de pegar onda também tem ali um lugar cativo. As praias do Coiba estão entre as melhores da América Central para a prática do esporte.
ROTEIRO 8 – PARQUE NACIONAL DE DARIÉN
Para ter uma aventura radical no maior parque do Panamá
Depois da Floresta Amazônica, o Parque Nacional de Darién é considerado o Mais Importante Pulmão Natural das Américas. Não por acaso ele é uma Reserva da Biosfera da UNESCO. Esse território de quase 6.000 km² de pura selva é o sonho de viajantes, em geral esportistas radicais, em busca de atividades extremas. O Parque Nacional de Darién está a cerca de 330 km da capital do Panamá, na fronteira da Colômbia. O extremo, no caso do Parque Nacional de Darién está na geografia cheia de trechos sinuosos; no clima, quente, úmido e nublado; na cadeia de montanhas que ultrapassam os 2.500 metros de altitude; nos diferentes tipos de florestas como as virgens, as pré-montanhas e as anãs, na raridade da fauna, que inclui espécimes como o jaguar, a harpia, os macacos-aranha, as queixadas e as antas. A contratação dos serviços de um receptivo local é necessária.
ROTEIRO 9 – PARQUE ARQUEOLÓGICO EL CAÑO
Para ver impressionantes e misteriosas descobertas
Há cerca de 1000 anos atrás, uma rica civilização pré-colombiana habitou um território – El Caño – situado na Província de Coclé, a 160 km Sudoeste da atual Cidade do Panamá. Os restos dessa civilização foram descobertos em 1925, mas só a partir dos anos 2000 uma equipe arqueológica passou a estudar o local. De todos os parques nacionais do Panamá, esse é o mais intrigante. Quem visita o Parque Arqueológico El Caño vai seguir por trilhas que terminam em ora surpreendentes, ora misteriosas escavações arqueológicas. O passeio é indicado para os fãs de história e, é claro, de arqueologia. Artefatos, peças em ouro, esqueletos e locais funerários podem ser vistos no museu local, que também tem um centro de apoio aos visitantes, oferecendo, inclusive, o agendamento de uma visita guiada.