Ainda assim tecnologia do biocombustível é imprescindível
Céu Único Europeu. Quem está ligado no tema da aviação e também da Crise Climática, certamente já ouviu a expressão.
Há cerca de 20 anos, a União Europeia propôs um plano para organizar, otimizar, deixar mais seguro e limpo os céus do continente. O plano, batizado de Céu Único Europeu, nunca decolou de verdade. Na prática, ele deveria, entre outras questões, remover dos céus as fronteiras internacionais dos países europeus. No lugar das fronteiras aéreas, seriam instalados 9 blocos regionais. O espaço aéreo, aberto, permitiria a criação de rotas quase em linha reta, ou seja, com um percurso muito menor, o que consequentemente diminuiria o consumo de combustível.
Enquanto não inventam um avião elétrico ou movido a hidrogênio, as companhias aéreas debatem com os governos uma maneira inteligente e não punitiva de diminuir as emissões de gás carbônico nos céus do planeta e o Céu Único Europeu nasceu com o objetivo de ser um exemplo global na otimização do consumo de combustível, entre outras questões. Essa configuração invisível dos céus europeus já foi criada, mas não entrou efetivamente em operação.
Na aviação, a solução mais inteligente para combater o aquecimento global é a invenção de um avião elétrico ou de um avião movido a hidrogênio. Até lá, é preciso parar de abastecer as aeronaves com o combustível fóssil. Para isso acontecer, a alternativa é desenvolver a tecnologia dos chamados combustíveis fósseis. Ela já tem sido apresentada pelas companhias aéreas aos seus respectivos países.
Entretanto, a resposta que muitos países estão oferecendo para diminuir a emissão de CO2 é uma solução nada criativa e há muito conhecida = o aumento de impostos. As companhias aéreas alegam que o aumento de impostos é uma medida punitiva que em nada ajuda a combater o aumento da temperatura no mundo. Os aviões continuariam poluindo os ares, os governos arrecadariam mais dinheiro e os termômetros continuariam em alta.
Por isso, novamente, a política do Céu Único Europeu voltou a ser discutida como uma solução intermediária, para não só evitar o aumento dos impostos mas, principalmente, para os governos seguirem na direção certa no combate à crise do clima. Como o tráfego aéreo da Europa é um dos mais ativos do mundo, uma solução continental seria um exemplo para os outros continentes, mas ainda assim o biocombustível é a melhor e mais eficiente de todas as respostas, antes da era dos aviões com emissão zero de CO2 se tornar uma realidade.