Enquanto no Palácio do Jaburu seguem as articulações da composição final para o ministério que deve assumir com o governo Temer – o Turismo é uma das pastas ainda sem confirmação – no Senado Federal, depois do intervalo de uma hora, seguem os pronunciamentos dos senadores.
Pela manhã os cinco primeiros pronunciamentos foram favoráveis à admissibilidade do processo de impeachement e a expectativa de pesquisas indicam que a votação alcançara entre 53 e 56 votos. São necessários 41, mas o resultado oficial será conhecido apenas na madrugada de quinta-feira.
Em razão do atraso registrado no inicio dos trabalhos, mais as tentativas governistas em vários pedidos de questões de ordem negados pela presidência da mesa – como o de esperar o parecer do Supremo sobre o pedido de suspensão que deu entrada ontem – a sessão dificilmente será encerrada por volta de 22 horas como era estimado.
O juiz Teori Zavascki, por volta do meio-dia, anunciou a recusa no pedido feito pela AGU, um derradeiro esforço do Governo para travar o processo. A admissibilidade do pedido de impeachement segue de modo inevitável, e uma tendência é bem perceptível: o próprio noticiário da agência oficial de governo – EBC – já traduz uma mudança de enfoque nas noticias e informações.
Houve reunião ministerial para levantamento de ações e balanço geral do que foi feito no governo Dilma, mas a própria presidente nem participou da mesma. Permanece no Planalto apenas com auxiliares diretos. O próprio ambiente pelo Pais, ontem agitado por seguidas manifestações, hoje está muito mais calmo. Pelo menos até agora.