A Seleção Brasileira de Atletismo Paralímpico fez hoje (6) o primeiro treino no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, recém-inaugurado na capital paulista. O treino contou com alguns nomes que são esperança de medalha nos Jogos Paralímpicos, em setembro deste ano, no Rio de Janeiro.
Entre os 36 atletas e 11 atletas-guia, figura o velocista Alan Fonteles, que ficou conhecido na competição de Londres, em 2012, ao vencer o então melhor do mundo Oscar Pistorius. “Estou em fase de treinamento, mas no auge não estou ainda. Vai ser só na Paralimpíada. A preparação está muito intensa para eu poder chegar em setembro e competir bem”, disse.
Alan treina de segunda a sábado durante 4 horas no período da manhã e faz fortalecimento na academia à tarde. Em 2014, o atleta fez uma pausa no esporte e ganhou peso, mas garante que já recuperou a forma.
O velocista aprovou a pista do centro de treinamento. “A pista é muito boa, excelente. Sem dúvida, uma das melhores do mundo, de alta performance, feita para que a gente possa melhorar o desempenho para as próximas competições, principalmente, para as Paralimpiadas”, afirmou.
Custo da obra
O centro de treinamento, localizado na Rodovia dos Imigrantes, começou a ser construído em 2013 e ficou pronto no último dia 23. Conta com alojamentos e áreas de treinamento para 15 modalidades. Custou R$ 305 milhões.
A atleta deficiente visual Terezinha Guilhermina, outra esperança de medalha, também gostou da nova pista. “É surreal, maravilhosa, muito veloz. A estrutura, o piso, as curvas, o formato dela é muito veloz, promete grandes resultados nas próximas oportunidades em que a gente vai ter de competir aqui”, disse ela.
Terezinha tem um invejável quadro de medalhas. Ela conquistou ouro, prata e bronze em Pequim, na China, e uma medalha de bronze nos Jogos de Atenas, na Grécia, em 2004. Em Londres, em 2012, Terezinha ganhou medalha de ouro nas provas dos 100 metros e 200 metros rasos.
Ela promete repetir os bons resultados em setembro. “Estou extremamente motivada, trabalhando bastante para acertar os ajustes finais para essa competição e chegar lá 200%. Eu decidi que não vou correr, agora eu vou voar”, disse.
Terezinha disse ter superado algumas dificuldades, como uma contratura muscular sofrida em maio deste ano, além de uma lesão sofrida pelo seu atleta-guia Rafael Lazarine. No final do ano passado, ela encerrou a parceria com o guia Guilherme Santana e disse que terá, nas próximas Paralimpíadas, Rafael Lazarine nos 100 e 200 metros e Rodrigo Chieregatto, que correrá os 400 metros.