Um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que o Rio de Janeiro receba cerca de 243 mil turistas estrangeiros durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, além de ganhar visibilidade com os mais de 4 bilhões de espectadores da Olimpíada em todo o mundo.
Para calcular o fluxo de visitantes, a entidade levou em consideração as expectativas do Ministério do Turismo, a oferta de ingressos e os padrões sazonais característicos do turismo fluminense no período de realização dos dois eventos.
A cadeia do turismo receptivo (que compreende hospedagem, alimentação, transportes, entre outros) realizou investimentos de mais de R$ 10 bilhões no Rio de Janeiro nos últimos cinco anos. A estimativa é de que a rede hoteleira carioca some mais de 38 mil quartos na cidade. No período da realização da Olimpíada, de 5 a 28 de agosto, a taxa de ocupação da hotelaria já chega bem próximo dos 100%.
“Com a ocupação quase total, a receita da hotelaria já foi recebida, com todos os quartos ocupados já pagos”, afirma o presidente do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da CNC, Alexandre Sampaio. Se o evento funciona como chamariz natural de turistas, a divulgação do destino Brasil em outros países não foi tão bem realizada, na opinião de Sampaio. “Perdemos uma grande oportunidade. A salvação será a divulgação da mídia internacional que está vindo para cá”, afirmou.
A Olimpíada e a Paralimpíada devem gerar receita de R$ 2,68 bilhões em gastos de turistas no Rio de Janeiro, segundo previsão da Divisão Econômica da CNC, que levou em conta as atividades de hospedagem, alimentação e transportes do estado fluminense. Se confirmada a previsão, o faturamento dessas atividades deverá registrar um aumento de 18,8% nos meses de agosto e setembro em relação ao mesmo período do ano passado.
Dentre os segmentos analisados, o setor de alimentação deverá responder por 34,5% da receita gerada no período estudado. Bares, restaurantes e lanchonetes devem faturar R$ 927,1 milhões, seguidos pelo segmento de transporte rodoviário de passageiros (R$738 milhões) e pelas atividades artísticas, esportivas e de lazer (R$ 474,1 milhões). Os três segmentos deverão responder por quase 80% da receita durante os Jogos.