Leia na íntegra a resposta enviada pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas ao artigo publicado hoje no TRAVEL3 Online:
Sobre a matéria com o título “Lobby dá resultado e governo veta aumento da participação estrangeira”, publicada hoje no site da Revista Travel 3, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), integrada por AVIANCA, AZUL, GOL e LATAM, traz alguns esclarecimentos:
Em primeiro lugar, a ABEAR lamenta por não ter sido procurada.
Também estranhamos e lamentamos o fato de a matéria fazer graves e inverídicas acusações, sob anonimato e sem qualquer respaldo.
Embora a ABEAR não se pronuncie sobre limite de capital estrangeiro em companhia aérea nacional, pois esse tema é uma decisão estratégica individual de cada associada, é importante ressaltar que para trazer ganhos efetivos, a facilitação do acesso aos capitais globais precisa ser acompanhada da eliminação das distorções competitivas existentes no país, o que inclui aspectos de custos e de produtividade.
Quanto às afirmações de que o “fortíssimo lobby das empresas aéreas nacionais sob a égide da ABEAR e a ação junto a parlamentares, acabou prevalecendo mais uma vez”, e “o cartel vai seguir onipresente”, a ABEAR repudia as acusações, nega veementemente quaisquer ações nesse sentido e lamenta o uso indevido desses termos, pois demonstram que o autor anônimo desconhece a atual realidade da aviação comercial brasileira.
Sobre o trecho: “Os preços elevados em valores e a qualidade de serviços que segue com sentida ineficiência continuarão dominantes”, vale lembrar que o mais recente relatório da ANAC sobre preços de passagens aéreas informa que a tarifa aérea em voos domésticos registrou redução de 9% em 2015, em relação ao ano de 2014, apesar da inflação de 10,67% apurada no ano passado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a maior desde 2002. O relatório também mostra que 57,5% dos assentos vendidos entre janeiro e dezembro de 2015 custaram menos de R$ 300,00.
Abaixo, alguns índices que comprovam que nossa segurança e serviços estão entre os melhores do mundo:
Na segurança, registramos 1,5 acidente por 1 milhão de decolagens, entre 2008 e 2014, resultado bem inferior à média mundial de 2,8 acidentes por 1 milhão de decolagens.
Pontualidade de 85% dos voos no critério global de 15 minutos de atraso é superior ao desempenho dos EUA, com taxa de 78%.
Índice de extravio de bagagens, de 3,1 para cada 1 mil passageiros é bem inferior à média mundial, de 7,3 para 1 mil passageiros.
Em relação à afirmação de que “O pais continuará mal servido em aviação doméstica, será a inevitável conclusão por parte dos clientes, passageiros que tem mínimas opções alternativas para decidir”, a ABEAR gostaria de lembrar que de 2002 a 2014, triplicamos o volume anual de passageiros, de 30 milhões para mais de 100 milhões de pessoas, com a ajuda da queda de cerca de 50% nos preços das passagens aéreas nesse período. Com esse salto no fluxo de passageiros, passamos a ser o terceiro maior mercado doméstico do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China.