A Euro 2016 passou em branco mas logo a seguir vem outro duro golpe na convivência civilizada e na intolerância com o que ocorre de selvageria. Nice, ao sul da França, cidade portuária onde vivem muitos imigrantes – mais de 10 mil portugueses – e tem um grande movimento turístico, foi vitimada na noite desta quinta (14), quando o ambiente era de comemoração da Tomada da Bastilha, a maior festa nacional francesa.
Um caminhão de transporte de carga, aparentemente desgovernado, atropelou as pessoas que enchiam uma avenida à beira-mar durante a queima de fogos. O Passeio dos Ingleses como é chamado o trecho na orla transformou-se em um mar de sangue. Em seguida, o motorista abriu fogo contra as pessoas que circulavam e por mais de 2 quilometros seguiu atropelando e disparando. Foram encontradas metralhadoras e granadas dentro do veiculo. As caracteristicas indicam uma primeira análise, mais um atentado terrorista.
Nas redes sociais, o prefeito de Nice, Christian Estrosi, solicitou que a população permaneça nas residências. Nice está na Riviera Francesa. Na região da Côte D’Azur, em plena temporada de verão.
O motorista teria sido morto pelas tropas de segurança. Ainda faltam detalhes sobre se foi ou não uma ação individual. Nenhum grupo assumiu até agora a responsabilidade pelo atentado que ocorreu no inicio da noite (horário de Brasilia).
Este novo ataque de relevância ocorre mesmo na condição de estado de emergência que vigora desde novembro do ano passado, quando houve o de Paris. Mais dois ataques em território europeu foram marcantes, em Bruxelas e Istambul. Agora vem este de Nice, mais um choque de modo singular para a França que vem sendo o pais europeu mais visado pelo terrorismo internacional.
O presidente François Hollandé em pronunciamento de pêsames às familias que tiveram vitimas declarou que a França vai manter a Operação Sentinela, com 10 mil efetivos no policiamento de segurança, e o aumento de vigilância nas fronteiras. Garantiu que 'a França continuará a lutar contra o flagelo do terrorismo.'
Um Conselho de Defesa será realizado nesta sexta e vai definir sobre o prolongamento por mais 3 meses do regime de emergência. 'Nada nos fará ceder na luta contra o terrorismo. A França seguirá cada vez mais forte, muito mais do que os fanáticos'.
Informes ainda não confirmados elevam o numero de mortos para 88 enquanto o estado de feridos graves chega a 42