Modelo inovador foi revelado no Singapore Airshow, um dos principais eventos do setor
A Airbus acaba de apresentar o seu novo modelo de aeronave, o Maveric = Model Aircraft for Validation and Experimentation of Robust Innovative Controls. Revelado no Singapore Airshow, o protótipo é desenvolvido desde 2017, e teve seu 1° voo em junho de 2019. Com design disruptivo, o projeto faz uso de uma fuselagem com asa fixa, que pode reduzir em até 20% o consumo de combustível.
O novo tipo de fuselagem também permite mudanças profundas de engenharia na aeronave. A asa fixa torna possível, por exemplo, a integração de sistemas de propulsão, e tem como resultado uma cabine versátil que altera completamente a disposição espacial dos passageiros.
O protótipo passa por uma intensa campanha de testes de voo. Com 2 metros de comprimento e 3,2 m de largura, o modelo continuará voando experimentalmente até o final do 2° trimestre do ano.
A Airbus está aproveitando tecnologias emergentes para ser pioneira no futuro do voo. Ao testar configurações disruptivas para aeronaves, a Airbus pode avaliar seu potencial como futuros produtos viáveis.
Embora não exista um cronograma específico para sua entrada em operação, esse demonstrador tecnológico pode ser fundamental para provocar mudanças nas arquiteturas de aeronaves comerciais para um futuro ambientalmente sustentável para o setor de aviação.
Jean-Brice Dumont – Vice Presidente Executivo de Engenharia da Airbus

Maveric se junta a outros projetos inovadores da Airbus
O desenvolvimento de uma aeronave de asa fixa é mais um dos inovadores projetos de engenharia da Airbus. A busca por novas tecnologias que agreguem valor é um dos nortes da empresa. Por isso, a companhia trabalha em estreita colaboração com as áreas de pesquisa e desenvolvimento.
No programa de pesquisas AirbusUpNext, são trabalhados os mais diversos protótipos que prometem contribuir para o futuro da aviação. Alguns exemplos são os projetos E-FAN X, de propulsão híbrida-elétrica, e ATTOL, de decolagem e aterrissagem de táxis autônomos. E um dos destaques fica para o projeto fello’fly. Ambicioso, ele se baseia no modo como aves migratórias voam juntas para propor formas de decolagem mais econômicas.