Ao contrário da cabeça, que ninguém vê, a iguaria está presente no bons restaurantes mundo afora
O bacalhau não é um peixe mas sim 5 espécies da família dos gadídeos – peixes com aproximadamente 50 kg e mais de 1 metro de comprimento = cod gadus macrocephalus + cod gadus morhua + ling + saithe + zarbo. Servido das mais variadas maneiras possíveis, a iguaria tem história. Documentos comprovam o consumo do bacalhau no século 9, na Noruega e Islândia.
A receita dos vikings
A técnica + antiga de preparar o peixe pertencia aos vikings, que não tinham sal e por isso secavam a carne ao ar livre. Até o fim do processo, o peixe perdia parte de seu peso e endurecia. Naquela época, o bacalhau era consumido por partes, durante as longas viagens dos vikings.
O povo basco introduziu o sal
O povo basco, que habitava a região localizada entre Espanha e França, também contribuiu para a popularização do peixe. Conhecedores do sal, no ano 1.000 já comercializavam o bacalhau seco, salgado e curado.
Bacalhoada carioca
No Rio de Janeiro, restaurantes tradicionais servem o prato. O Cais da Ribeira é um deles. Localizado no Hotel Pestana, em Copacabana, sua especialidade é a comida portuguesa contemporânea. Vale a pena experimentar o bacalhau à Brás e à Lagareiro.
Para os que gostam de respirar o ar boêmio, o Aprazível, em Santa Teresa, serve o levíssimo pão-de-ló de batata recheado com creme de bacalhau, tomate seco e azeitonas pretas.
Subindo a serra de Petrópolis, o charmoso Imperatriz Leopoldina, do hotel Solar do Império oferece o bacalhau do Domingos. A receita vem de uma família tradicional de Portugal.
Bacalhau do Porto
Todos conhecem a fama do Bacalhau do Porto. Junto com o Vinho do Porto, se tornou sinônimo da cidade portuguesa. Quando você visitar O Porto e, principalmente, se gostar da iguaria, faça um roteiro gastronômico.
Comece pelo restaurante Portucale, uma instituição local. O bacalhau à marinheiro é uma boa sugestão. De sobremesa, docinhos de ovos de Amarante.
Outro excelente restaurante na cidade é a Petisqueira Voltaria, especializada na cozinha da região. Lá oferece como entrada bolinhos de bacalhau fritos na hora e salada de feijão. Depois podem vir os filés de pescada e o arroz de polvo, tudo fresquinho. Uma das melhores receitas da cidade pode ser apreciada no Chez Lapin. Escondido num beco próximo ao cais do rio Douro, Chez Lapin é um segredo guardado a 7 chaves pelos moradores e não faz parte da rota dos turistas. O Chez Lapin fica na Rua dos Canastreiros 40.