Desenvolvido com povos nativos, roteiro exclusivo visita terras indígenas e esbanja autenticidade
Em um roteiro que começa em São Gabriel da Cachoeira, a 2h30 de voo de Manaus, e termina em Novo Airão, a 200 km da capital, ocorre a Expedição Serras Guerreiras de Tapuruquara. Batizada com o mesmo nome da região que percorre, esta expedição pelo Rio Negro é uma experiência de total imersão na Amazônia.
Oferecido pela operadora Katerre, o roteiro leva 17 turistas em uma viagem de 9 dias, a bordo do barco Jacaré Açu. Durante esse tempo, os viajantes desfrutam de atrações desenvolvidas pelas próprias comunidades indígenas locais, com experiências enriquecedoras e marcantes.
Ao todo, 3 comunidades são visitadas. Nelas, os turistas mergulham na cultura indígena e participam de atividades guiadas pelos povos nativos. São atrações como trilhas na mata, festas e rituais típicos.
Os participantes da expedição também aprendem sobre cultivo na floresta e confecção de utensílios de fibra e cerâmica. De modo enriquecedor, tudo é explicado pelos indígenas de acordo com histórias e mitos tradicionais.
Navegamos há quase 20 anos pelo Rio Negro, proporcionando uma exploração real da região. Mas faltava agregar algo voltado para entender, explicar, interagir, vivenciar o modo de vida dos povos originários. E as Serras Guerreiras representam isso.
Ruy Carlos Tone – Diretor da Katerre Operadora
Operadoras interessadas em comercializar o roteiro devem entrar em contato com expedicoes@garupa.org.br.
Conheça melhor o desenvolvimento da expedição pelo Rio Negro
As comunidades locais desenvolveram a Expedição Serras Guerreiras de Tapuruquara organizadas em duas associações. São elas a FOIRN = Federação das Organizações Indígenas do rio Negro e a ACIR = Associação das Comunidades Indígenas e Ribeirinhas.
Ambas começaram a fomentar o turismo local em 2016, em parceria com o ISA = Instituto Socioambiental e com a ONG Garupa. Essa última, com sede em São Paulo, é mantida pela GTA Seguros e por empresas do Grupo Arbo = Casa do Agente + Diversa Turismo + Globalis
Desde então, até dezembro de 2019, 13 expedições experimentais foram organizadas, para capacitar moradores e melhorar a estrutura turística. Já nesse período, o projeto alcançou bons resultados: com 118 viajantes, foi gerada renda para cerca de 100 famílias. Além disso, recebeu Menção Honrosa no Prêmio Braztoa de Sustentabilidade, na categoria Parceiros do Turismo.
A nossa intenção, desde o começo, era que em 2020 a ACIR e a FOIRN pudessem assumir a operação local das viagens, que até então era feita com o auxílio da Garupa. Depois de três anos de muito trabalho, conseguimos iniciar este ano com um grupo realizando a viagem dessa forma. E conduzido pelo primeiro parceiro comercial do projeto: a Katerre. Esse é um grande marco para o turismo do Médio Rio Negro. E uma ótima oportunidade para outras operadores que se interessarem pelo projeto.
Arnaldo Franken – Presidente da Garupa