Seja você um turista, viajante ou morador de Belo Horizonte, conheça um pouco da história da capital mineira
O Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte está aberto à visitação pública. Se você é um visitante, vale a pena conhecer um pouco mais sobre a história da capital mineira. Se você é um morador da Grande BH, aproveite. Use o final de semana para viajar por BH, dando uma de turista em sua própria cidade.
Erguido no final do século 19, junto com a nova capital do estado, o Palácio da Liberdade foi concebido antes da Praça da Liberdade. De acordo com o projeto original, a praça seria uma extensão dos jardins do palácio. O projeto foi criado por um arquiteto alemão. A execução da obra foi responsabilidade de imigrantes italianos. Eclético, o prédio mistura estilos que vão do Barroco ao Art Noveau. Visitar suas dependências é um programa imperdível pelo seu valor histórico e cultural.
Você vai apreciar as diversas obras de arte e as pinturas das paredes e do teto. Veja os móveis de época e as peças únicas, criadas especialmente para o palácio. Um bom exemplo é a escada de ferro fundido. Ela foi projetada no Brasil e construída na Bélgica. Através dela você alcança o Salão Nobre, que exibe belos afrescos no teto. Como vários outros elementos decorativos do prédio, eles remetem ao tema Liberdade, Igualdade e Fraternidade, tão em voga na época. Observe a simbologia por trás dos ícones governamentais. Nas paredes, os brasões de Minas estão protegidos por esculturas de águias.
Decoração seguiu à risca os modelos europeus
A autêntica cultura nacional ainda engatinhava. Então, tudo o que vinha de fora era muito mais valorizado. Ao mesmo tempo, os escassos produtos feitos no Brasil eram rústicos. Daí todo o piso de madeira do palácio ter vindo da Escandinávia. Já os vasos e outras porcelanas decorativas foram trazidos de países asiáticos. No mobiliário, prevalece o estilo Luís 15. Os vidros das janelas são de cristal importado, trabalhado. Ainda no teto, pinturas fazem alusões à mitologia grega. Tudo conforme as mais tradicionais regras da decoração europeia daquela época.
Se você fizer um tour guiado, vai saber algumas curiosidades. Reza a lenda que a atual pintura do artista Antônio Parreiras foi feita para substituir uma outra. Ela foi retirada a pedido de um governador que não gostava da presença de uma suposta caveira no desenho. Aliás, a influência dos chefes do executivo mineiro na decoração do Palácio é visível. Cada um fez questão de deixar sua marca no lugar.