Para mim, Solstício de Verão e Solstício de Inverno, nunca significaram muito, até eu começar a viver no Canadá. De repente, a viagem do sol pelo céu passou a fazer parte constante da minha vida.
Aqui, o movimento da estrela maior do nosso sistema planetário se tornou, para mim muito mais visível e diariamente passei a vivenciá-lo. Dependendo da estação do ano, ele nasce muito mais cedo ou muito mais tarde, e se põe também muito mais cedo ou muito mais tarde.
A partir da primavera os dias ficam mais brilhantes e esticam noite adentro. Sua luz, que no auge do verão surge no céu antes das 5 da manhã e se apaga depois das 9 da noite, começa a diminuir depois do Solstício de Verão. É o aviso que, daqui a pouco, o outono vai chegar. E quando o outono chega, a noite vai ganhando muitos e muitos segundos a cada dia que passa. E o dia, a luz do dia, começa a ir embora…
E aí, finalmente chega o final do ano. É quando você acorda às 7 da manhã, na mais completa escuridão e volta para casa com a sensação de a noite já vai longe, até confirmar com o seu relógio que são apenas 5 da tarde.
21 de dezembro foi Solstício de Inverno, ou seja, o dia mais curto do ano. O sol surgiu entre os arranha céus por volta das 8 da manhã e sumiu lá pelas 4 e meia da tarde. Mas junto com o dia mais escuro do ano veio a certeza de que, dali para a frente, o sol iria ficar cada dia mais tempo brilhando sobre o horizonte.
E foi assim que o Solstício de Inverno se revelou para mim. Escuridão, luz, escuridão, luz. Depois da escuridão sempre vem a luz!
Daqui deste inverno gelado e escuro, eu desejo a você, Viajante da Travel3, um ano novo iluminado e, como a própria vida – basta observá-la – cheio de renovações e transformações.
Feliz 2023!