A tendência é buscar mais natureza e menos metrópoles; mais suavidade e menos agito
Aqui no Canadá, o The Globe and Mail, o maior jornal do país, publicou uma reportagem sobre o Futuro das Viagens, informando os seus leitores sobre o que eles já sabiam. Em 2021 o que todos querem é a cura, que chega devagar e em etapas, à medida que as vacinas forem distribuídas e aplicadas ao redor do planeta. Em 2021 o mundo do turismo e os viajantes em geral reiniciam seus planos, mas sob uma nova mentalidade.
Em 2021, luxo será sinônimo de férias numa ilha deserta
O jornal entrevistou Misty Belles, diretora de relações públicas da chancela de luxo Virtuoso, que também atua no Brasil. De acordo com a executiva, em 2021 o segmento de luxo do turismo continuará procurando viagens com distanciamento social. Ainda segundo a chancela Virtuoso, a projeção para o turismo retornar aos padrões de normalidade acontecerá apenas em 2023, isso se tudo der certo em termos de vacinação, combinada com as constantes mutações do vírus. A tendência entre os viajantes deste segmento será buscar destinos super exclusivos, como por exemplo, ilhas remotas + se hospedar em resorts que pratiquem conceitos de muita privacidade + alugar uma casa ou uma pousada inteira apenas seu grupo de convívio.
Viajar de carro ou motorhome é a grande tendência
Para o mercado como um todo, as viagens em 2021 continuarão sendo menos frequentes, para destinos próximos às nossas casas e, no caso das viagens internacionais, dependerão do cenário de cada país. Não adianta, por exemplo, querer viajar para o Canadá em janeiro ou fevereiro, pois o país retornou com as leis de confinamento do início de 2020. O que vai determinar para onde ir serão que fronteiras estarão ou não abertas para receber os turistas + quando o turista será vacinado + que destinos estão vencendo ou controlando bem a pandemia.
Neste momento as viagens de carro estão em alta. Tanto nos Estados Unidos quanto no Canadá viajar de motorhome (conhecido aqui como RV = Recreational Vehicle) se tornou o desejo de quem não aguenta mais ficar em casa e não quer arriscar entrar em um avião ou se hospedar em um hotel.
Menos metrópoles e mais natureza; menos agito e mais suavidade na hora de viajar é outro fator determinante. Poucas pessoas querem exceder fazendo, por exemplo, uma atividade radical, mesmo que seja ao ar livre para evitar o risco de ter de ir a um hospital cheio de COVID-19. Ainda assim, um outro fator importante na hora de escolher um destino é se ele tem ou não uma boa infraestrutura de hospitais. Quem viaja certamente tem a consciência de que existe uma chance maior de entrar em contato com o Coronavírus. Então, que seja em um local com bons hospitais no entorno.