Metas para zerar o carbono são muitas e o setor das Viagens precisa participar
Desde a última semana, o mundo está com os olhos e os ouvidos bem abertos recebendo boas e nem tão boas notícias vindas da cidade de Sharm el Sheikh, no Egito. É que lá está acontecendo a COP27, reunião da Cúpula Climática promovida pela Organização das Nações Unidas. Desde o dia 6 de novembro, até o próximo dia 18, sexta-feira, delegados de quase 200 países vão debater as metas, destacar os progressos e os retrocessos na batalha para combater a desenfreada mudança climática que afeta o Planeta Terra.
É claro que qualquer evento de grande porte está diretamente relacionado à Indústria do Turismo & Viagens. Afinal, independente da distância ser maior ou menor, para chegar a um encontro como este, as pessoas precisam se deslocar de um determinado ponto do globo até o local do evento. No caso da COP27 é a Indústria da Aviação a responsável por transportar os milhares de participantes. Consequentemente, a Indústria da Aviação será também a responsável pelas emissões de carbono nos céus do planeta. Elas serão proporcionalmente altas conforme o sucesso da Cúpula Climática.
E a Aviação Civil aterrissa no Egito com um compromisso tão desafiador quanto aquele inicial, de fazer o homem voar. Ela se comprometeu a se tornar uma Indústria Carbono Zero até o ano de 2050. Será isso possível? Comparado com realização do sonho de colocar o homem nos céus, zerar o carbono não parece ser assim tão difícil. Mas nem só de avião vive o viajante, e a Indústria do Turismo tem muito trabalho pela frente para literalmente esfriar a atmosfera do planeta.
COP27 reitera a importância de zerar o carbono dos meios de transporte
Quem baixar o relatório 2022 da Organização das Nações Unidas sobre as Emissões de Carbono não vai precisar sequer ler a primeira página para entender que estamos num daqueles momentos cruciais não apenas para a humanidade, como também, e principalmente, para o Planeta Terra. A capa do estudo produzido pela ONU mostra uma escada quebrada dando acesso a uma janela meio fechada; ou seria meio aberta?
Como a imagem do tal copo meio cheio, ou meio vazio, cá estamos nós tentando consertar os estragos que fizemos à Terra. Diretamente ligado ao mundo das viagens, o transporte é a 2ª maior fonte de emissão de CO2 do mundo. E não importa se estamos falando de carro, trem, avião ou navio. As mais diversas e diferentes metas foram estabelecidas para desacelerar o aumento da temperatura em todo o mundo.
Enquanto os carros, ônibus e trens elétricos já são uma realidade, o Carbono Zero para a aviação ainda é um projeto sem data para ser concluído. E se em 2021 a venda de veículos elétricos leves representou cerca de 8% do total de vendas, a meta é que elas alcancem entre 35 e 95% até 2030 e cheguem aos 100% em 2035. Aqui em Toronto, Canadá, a proporção de carros elétricos é altíssima. Já a frota de ônibus elétricos é a maior do continente.
COP27 pede que governos, indústrias e pessoas façam a sua parte
Ainda de acordo com o relatório da ONU, tanto os governos quanto as indústrias, e também as pessoas, devem fazer a sua parte. Para orientar as pessoas, a Organização das Nações Unidas pede que os viajantes frequentes reduzam drasticamente o número de viagens feitas em transportes que não sejam elétricos.