Dica de literatura para você viajar com os maiores exploradores da história
Os planetas foram os viajantes primordiais do universo. Os gregos lhes deram esse nome – planétes – que quer dizer errante. Inspirado, o escritor chinês Lin Yutang colocou no papel sua ideia do que seriam os viajantes perfeitos:
Um viajante perfeito é aquele que não sabe de onde vem, nem para onde vai.
Lin Yutang
Já o diretor Bernardo Bertolucci preferiu definir um viajante, logo no início de um de seus mais célebre filmes, O Céu que nos Proteje, quando os personagens vividos por Debra Winger e John Malkovich explicam ao amigo a diferença entre turistas e viajantes. O turista sempre pensa em voltar para casa, diz Malkovich. E o viajante pode nem voltar, conclui Winger. Em homenagem aos viajantes de todos os tempos, selecionamos livros que não podem faltar na cabeceira de quem tem nas viagens uma grande paixão.
As Viagens de Marco Pólo
Clássico da literatura de viagem, narra as aventuras de Marco Pólo a caminho do Extremo Oriente. A viagem durou 25 anos. Além de colorir a imaginação, o leitor segue por um mundo fantástico, guiado pela tradução de Carlos Heitor Cony e Lenira Alcure.
A Expedição Kon-Tiki
Uma sucessão de aventuras virou um livro. Nele, o autor, Thor Heyerdal conta como partiu do Peru em uma embarcação semelhante à usada por navegadores primitivos, movido pela tese de que havia uma explicação para as relações pré-históricas entre a América e a Polinésia. Como um diário de viagens, narra a saga que durou 101 dias, até chegar à Polinésia.
O Livro dos Viajantes
A obra reúne trechos de diários de bordo dos maiores viajantes de todos os tempos, coletados por Eric Newby. O texto de John Hatt, viajante inglês, dá uma idéia do que o leitor irá encontrar. O título é Conselho Útil: Faça as malas e comece a viajar antes que seja tarde (…). As viagens proporcionam uma riqueza de prazeres que nenhum governo pode tirar (…) E não deixe que a fraca desculpa do trabalho o impeça de viajar, lembrando do provérbio haitiano que diz: ‘se o trabalho é uma coisa tão boa, porque é que os ricos não ficaram com todo, só para eles?’
Sir Richard Burton
Não, não é o eterno marido da eterna Elizabeth Taylor, mas o capitão inglês que, no século 19 se aventurou pelo coração da África em busca da nascente no Nilo, foi agente secreto na região do Punjab (Índia), cônsul no Brasil, o primeiro tradutor das Mil e Uma Noites, do Kama Sutra e o primeiro ocidental a fazer a peregrinação a Meca. A biografia, escrita por Edward Rice, fará você embarcar em uma viagem emocionante.