Ausente de uma promoção e trabalho de divulgação mais intenso, carente de dados e projeções oficiais, o Turismo de Saude no Brasil é muito semelhante à própria, ineficiente e mal-tratada. Hospitais, clinicas e consultórios pouco sentem os efeitos de uma área que tem movimento crescente pelo mundo, com um crescimento anual acima de 20%. Em 2013, mais de 7 milhões de viajantes circularam pelo mundo.
O número de estrangeiros viajando ao Brasil para realizar procedimentos médicos e odontológicos diminuiu consideravelmente nos ultimos anos. Em 2008 o setor despontava, indicando que os estrangeiros que vinham ao pais por motivos de saúde tinha maior permanência (22 dias em média) e gastos maiores. Em 2005, o percentual era de 0,9%, quase 50 mil pessoas.
Depois de 2010, o Brasil praticamente esqueceu ou sepultou este segmento. O ultimo guia de turismo-médico data de 2007 e mesmo São Paulo, que ocupa uma posição de referência no cenário médico internacional, deixou de investir. Um dos poucos é o Hospital Sirio-Libanês que mantém em seu site informações em inglês e árabe.
Há uma década, 500 mil norte-americanos foram a outros países para cuidados com a saúde. Atualmente este numero já dobrou, pois também mostrou uma tendência de complementar para as viagens.
Pois é este Turismo de Saude e Bem-Estar que está completando o ano com números que dizem bem da sua importância. Um crescimento de 20% a nível mundial, tanto em numero de pacientes como no volume dos negócios gerados.
Os dados são da SpainCares, que organiza em Madrid a terceira edição do Fitur Saude, que será um dos atrativos da Feira Internacional de Turismo, o primeiro grande evento internacional da temporada, quando o termalismo também estará em evidência. A Espanha representa a sexta posição entre os países receptores do turismo de saúde no Velho Continente e tem o oitavo lugar no mundo.
Os visitantes que mais dinheiro gastam em suas viagens pelo turismo-saude na Espanha são procedentes (percebam bem…) da América do Sul e dos países nórdicos, com um investimento médio de 2.280 euros com estadia média entre 11 e 12 dias respectivamente.
A Europa movimenta 45% dos números registrados, com um resultado econômico superior a 4,2 bilhões de euros nos chamados serviços de turismo exportados,
Nos Estados Unidos, é seguidamente maior o numero de empresas que oferecem a seus funcionários, planos de saúde com a opção de viagens incluindo tratamento médico. A Cúpula Latino-Americana de Turismo de Saúde (15 paises) mostrou que nos dois ultimos anos o crescimento destes programas foi considerado ‘excepcional’.
A Costa Rica é um dos países que mais tem aproveitado esta destinação pela grande qualidade dos serviços oferecidos. Cuba também está de olho nesta abertura com a nova possibilidade de turismo junto ao publico norte-americano.
Paises como Tailândia (o que mais recebe turistas deste segmento), Malásia, Cingapura, Coréia do Sul, India e Turquia tem reforçado investimentos na promoção do segmento e todos se manifestam com resultados altamente satisfatórios. Em procedimentos de complexidade que vão em todos os níveis – de implantes dentais a operação de mudança de sexo – eles estão na mira dos turistas pelo mundo inteiro..