A controversa proposta orçamentária do presidente Donald Trump está sendo entregue ao Congresso nesta terça-feira (23 de maio), e a forma de promoção do turismo dos EUA poderá ser uma das mais atingidas nos cortes.
O plano praticamente elimina a organização conhecida mundialmente como Brand USA. Os legisladores normalmente ignoram diversos pontos na proposta de orçamento apresentada pelo presidente, mas, segundo matéria do jornal USA Today, os documentos mostram que a receita da promoção turística seria utilizada para financiar serviços da Alfândega e Proteção de Fronteiras. Vai depender exatamente da posição do Congresso, onde alguns políticos já condenaram esta posição governamental.
O senador pela Flórida, Bill Nelson afirmou que, se aprovada, “é zero no sentido econômico”, citando a dependência de seu estado em relação aos empregos do turismo. “Com tudo o que está acontecendo no mundo, desarmar o marketing turístico dos EUA que vende o país como destino de viagem seria perder a quota de mercado no pior momento possível”.
É até desconcertante que a eliminação da marca EUA esteja na mesa quando dois secretários de governo manifestam seu apoio. O CEO da US Travel, Roger Dow, da associação dos agentes de viagem, disse em um comunicado que a “criação da marca EUA foi um esforço bipartidário” que contribuiu com quase US$ 9 bilhões para a economia americana em 2016.
Vários relatórios sugerem que políticas anti-viagem e a incerteza geopolítica estão dificultando as viagens para os EUA. No mês passado, a marca EUA lançou uma nova campanha intitulada “Veja o quão longe você pode ir” em 11 diferentes mercados mundiais. O objetivo do turismo dos Estados Unidos é receber 100 milhões de visitantes em 2021.
“A marca EUA não é financiada com um centavo do dinheiro dos contribuintes, reduziu o déficit em US$ 50 milhões, e pela própria contabilidade, eliminá-la colocaria o orçamento federal ainda mais no vermelho”, afirmou Chris Thompson, CEO da Brand USA.
A visitação internacional de turistas é a 2a maior projeção social, apoiando 15 milhões de empregos americanos, que poderão ser diretamente afetados, completou o dirigente.