A Expedia.com.br divulga hoje um estudo global conduzido pela Northstar sobre hábitos de férias de diferentes povos. Ao todo, foram entrevistadas mais de 9 mil pessoas em 28 países na América do Norte e Sul, Europa e Ásia – sendo 85% funcionários, empresários ou profissionais liberais com atividade remunerada em tempo integral.
35% dos respondentes disseram não desfrutar todos os dias de descanso que lhe são concedidos anualmente. No Brasil a média é menor, chegando a 19%; o país fica atrás da Bélgica (18%) e Finlândia, com 6%. Já os japoneses e indianos são os que mais concordam com a afirmação, registrando 64% e 63%, respectivamente. Além disso, em troca de um dia a mais em suas férias, os brasileiros abririam mão do consumo de bebidas alcoólicas (45%), redes sociais (44%) e televisão (45%). Apenas 6% deixariam de tomar banho e 14% não teriam relações sexuais.
O Brasil e os países europeus são os que melhor reconhecem suas populações em relação ao direito de férias. O estudo constatou que 69% dos espanhóis recebem entre 21 e 30 dias de férias anualmente, sendo que 89% desfrutam de 16 dias no período. No Brasil os números são um pouco maiores, subindo para 74% a média dos que recebem entre 21 e 30 dias de descanso todo ano – sendo 84% deste montante os que desfrutam de todo o período concedido. Nos Emirados Árabes, 86% dos entrevistados afirmam tirar mais de 16 dias de férias por ano.
Apesar de terem 30 dias de férias garantidas por lei, 39% dos brasileiros se sentem um pouco privados por, muitas vezes, não conseguirem desfrutar de todos os seus dias, contra 29% dos americanos (que não chegam a ter direito a um período tão grande). Já na Espanha a situação é bastante diferente: 32% dos espanhóis não se sentem nem um pouco privados de suas férias, pois afirmam desfrutar dos dias a que tem direito. Na Coreia do Sul, por conta de um período curto de descanso (menos de 20 dias), 16% se sentem privados de férias. Os brasileiros apontaram os motivos:
– 38% não sentem que tem o apoio de seus superiores para desfrutar dos dias de férias;
– 19% se sentem um pouco culpados em sair de férias, mas tiram os dias, pois consideram um direito do trabalhador;
– 61% já cancelaram as férias por conta de alto volume de trabalho;
– Quando trocam de emprego, 59% preferem ficar 1 ano ou mais no novo trabalho antes de sair de férias
– 41% preferem trocar uma parte dos dias de férias por remuneração extra
Já os líderes americanos são reconhecidos como grandes apoiadores de seus funcionários quando o assunto é férias: 75% dos entrevistados dizem que seus empregadores são “solidários” em relação ao tema, em contraste com os gestores na Finlândia (29%) e na Espanha (37%).
O estudo mostra que 44% dos entrevistados preferem não usufruir todos os dias de férias de uma vez, compondo um período mais longo com vários menores. Canadenses, austríacos e dinamarqueses seguem a mesma linha, com 35%, 34% e 67%, respectivamente. Na contramão desse movimento estão os que preferem gozar de apenas um período longo: Brasileiros (59%), Italianos (39%) e Emiradenses (50%).
Além disso, os brasileiros não desgrudam de tecnologias móveis nem durante o período de descanso, sendo a busca de informações sobre o destino visitado o principal motivo, com 69% das respostas. Posts de imagens nas redes sociais e reserva de atividades aparecem na sequência, com 66% e 42%, respectivamente.
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