Os seis ministros de relações exteriores dos países fundadores da União Européia manifestaram-se oficialmente neste fim de semana pela aplicação do artigo 50 da Carta de Lisboa que estabelece o exame da questão o mais rapidamente possível.
‘Devemos começar o quanto antes para que não permaneçamos em um impasse quanto ao futuro da Europa’, é o teor do que está na declaração conjunta após a reunião realizada em Berlim. Ela foi apresentada pelo alemão Frank-Walter Steinmeier, juntamente com Jean-Marc Ayrault da França; Bert Koenders, em nome dos Paises Baixos; Paolo Gentiloni, da Itália; o belga Didier Reynders, e Jean Asselborn, de Luxemburgo.
A inegável urgência da questão foi reiterada pelos chanceleres. “Estamos dispostos a trabalhar com as instituições para que comecem as negociações de definição e aclarar as futuras relações entre a União Européia e o Reino Unido’, afirmou Steinmeler, em nome dos seis países.
Disse ainda que o primeiro ministro britâncio David Cameron tem a ‘responsabilidade’ em nome do Reino Unido
Enquanto isso, a Escócia manifesta-se oficialmente no desejo de um referendum para definir a sua posição favorável à permanência no bloco europeu. Nicola Sturgeon, a principal líder de governo, anunciou que esta opção está há prioridade das suas ações. O Brexit também reavivou as aspirações de independência escocesa, depois que o ‘Sim’ obteve uma vitória consistente no plebiscito de sexta cujo resultado final colocou o ‘Não’ como vencedor para o Reino Unido.
O mais impactante no dia seguinte é o movimento que está ganhando força em Londres, onde ontem já surgiam manifestações para uma segunda
Mais de um milhão de pessoas assinaram um documento eletrônico a ser encaminhado para o Parlamento britânico pedindo a criação de uma norma que possibilitaria a repetição do referendum. A petição tem como base o fato do resultado não ter alcançado 60% da maioria.
O Brexit venceu por 51,9% contra 48,1% com participação de 72,2% dos eleitores. A maioria das assinaturas é procedente de Londres, Brighton, Oxford e Cambridge, as localidades ingleses onde foi mais clara a votação de permanência na União Européia.
O Parlamento Britanico é obrigado a considerar todas as petições que tenham mais de 100 mil assinaturas.