Está sendo cada vez mais intenso o modelo de verificação para permitir o ingresso de visitantes estrangeiros nos pontos de imigração dos aeroportos norteamericanos. A medida foi recentemente esclarecida e confirmada pelo presidente Barack Obama durante coletiva ao responder que ‘definitivamente sim’ e nesta terça (27), começou efetivamente a ser aplicada.
Os visitantes estrangeiros que entram no país tem que fornecer aos funcionários suas contas de Facebook, Twitter e outras mídias sociais como uma forma de detectar possíveis ameaças terroristas.
E os viajantes que chegam com a liberação do visto de ingresso são convidados a preencher a papelada com um pedido opcional para fornecer informações sobre a sua presença na mídia social. O menu solicita informações sobre as contas em plataformas como Facebook, Google+, Instagram, LinkedIn e YouTube.
Até recentemente, o Departamento de Segurança Interna dos EUA não admitia que realizaria o monitoramento de contas privadas em redes sociais. Agora é tão evidente que se pode apostar que tudo em uma conta pública do Twitter ou post aberto do Facebook pode ser usado para a fiscalização.
A medida vem recebendo um tratamento contraditório. Oposição e críticas de empresas da indústria tecnológica e daqueles mais preocupados com a privacidade. Os oponentes da nova política acreditam que isso poderia afetar negativamente a liberdade de expressão e colocar novos riscos segurança para os estrangeiros.
Muitos opositores acreditam que pedir aos visitantes estrangeiros que forneçam suas contas de mídia social abre riscos de privacidade, especialmente das comunidades árabes e muçulmanas, cujos nomes de usuários, postos, contatos e redes sociais serão expostos.
“Nossos profissionais da polícia e de inteligência estão monitorando os posts públicos, e isso faz parte do processo de análise do visto – essas pessoas estão investigando o que os indivíduos disseram publicamente, e fazem questões sobre quaisquer declarações que foram feitas” indicava um oficial da imigração em Miami, o principal portão de entrada latino-americano nos Estados Unidos.
Vive-se em um mundo novo de vigilância governamental e quem vai para os EUA, em visita ou viagem ou negócio, não pode prescindir do fato de que ser usuário de redes sociais é saber que terá o perfil monitorado mesmo.
As autoridades de segurança entendem que isto está na linha do equilíbrio ideal em proteger as liberdades civis e garantir que a privacidade dos cidadãos americanos seja preservada.