Estamos chegando ao fim de mais um ano de crise – A Crise, que, como um tsunami, vem varrendo empregos, empresas, continua ceifando a economia nacional e já entrou para a história.
São mais 365 dias no calendário de um país que, pouquíssimas vezes, valorizou devidamente o turismo como uma atividade produtiva de primeira grandeza.
Neste momento em que o valor das tradicionais commodities derrete nas bolsas de valores mundiais, nossos políticos se esquecem de que temos a maior delas – a commodity das belezas naturais – enterrada em nossos quintais.
Sintomática é a entrevista dada com exclusividade à reportagem da TRAVEL3 pelo presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, que declarou não ser capaz o Brasil de sobreviver “à tanta boçalidade”.
No lamaçal da Lava Jato, vemos políticos lavando a sujeira em obras de arte, joias e viagens ao exterior. Mais do que ninguém, eles adquiriram bilhetes de primeira classe, hospedaram-se em hotéis magníficos e visitaram países pelo planeta inteiro.
Diante disso, fica a pergunta: entre uma e outra comprinha milionária, não tiveram tempo sequer para raciocinar, pensar por um segundo apenas no bem-estar da nação e ver como o turismo estava alimentando a economia daqueles países visitados?
A resposta, qualquer uma, é indigesta.