As companhias aéreas sediadas em Emirados do Oriente Médio deverão apresentar um lucro combinado de US$ 400 milhões em 2017, de acordo com a IATA – a Associação Internacional do Transporte Aéreo. Caso isto se concretize, será uma queda de 63,6% sobre o lucro registrado no ano passado que foi de US$ 1,1 bilhão
O setor aéreo mundial deve lucrar US$ 31,4 bilhões até o fim deste ano mas não deverá ter a presença das grandes companhias do Oriente Médio com o mesmo desempenho de anos anteriores.
Segundo a IATA, as “condições comerciais pioraram drasticamente para as companhias aéreas do Oriente Médio nos últimos seis meses”. A associação atribui o desempenho ao aumento das taxas do setor na região e à proibição do uso de laptops em voos de dez aeroportos no Oriente Médio e África com destino ao Estados Unidos.
Quem mais poderá sofrer com esta situação de embaraço diplomático deverá ser a Qatar Airways depois de ter um grande ano em 2016, e continuar no inicio de 2017, antes dos ultimos acontecimentos políticos.
A companhia estreou luxuosas suites de classe empresarial, ganhou reconhecimento como a primeira aérea do mundo a oferecer “rastreamento de bagagem de ponta a ponta “, tornou-se a companhia aérea parceira oficial da Copa do Mundo da FIFA , entre outros.
E, enquanto transportadoras rivais como a Emirates, registram enorme queda nos lucos em parte devido à proibição eletrônica nos voos para os EUA, o CEO da Qatar, Akbar Al Baker, disse que a empresa teve apenas um leve declínio. A Qatar ofereceu os equipamentos para uso gratuito dos passageiros
Agora, com a proibição dos vizinhos da região de voos pelo espaço aéreo devido ao suposto financiamento de grupos terroristas por parte do governo do Qatar, a companhia aérea parece estar na primeira lista da disputa.
“Todos os países da região decidiram que vão fazer as coisas o mais difícil possível para o Qatar”, analisa Mark Zee, da OpsGroup, consultoria aérea em artigo na revista Forbes.
” Uma demonstração do poder que o espaço aéreo pode representar”, adiciona a análise.
O CEO Al Baker estava presente em Cancun no principal evento da indústria aérea, foi visto conversando com colegas e aparentemente desconhecia a crise iminente. Viajou ontem à noite, depois que eclodiu a nova situação, onde o presidente Trump manifestou-se como um dos responsáveis pela ruptura envolta nas circunstâncias de ameças terroristas mas que também contam com um processo nítido de questões econômicas.
O que o desligamento nos laços significa para o Qatar ainda não foi determinado. Sem acesso ao espaço aéreo de rotas habituais, a companhia aérea deverá fazer desvios, muitas vezes sobre o Irã e a Turquia para cumprir seu cronograma de vôos, o que pode significar atrasos e maiores despesas para o transportador.
Há uma primeira informação – não confirmada – que a Qatar cancelará cerca de 50 vôos por dia ou 10% do seu volume. A companhia aérea emitiu uma declaração de que “as operações funcionam normalmente, sem interrupções nos vôos, com exceção daqueles para os quatro países em que Qatar Airways teve restrições para voar”.






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