Viver é viajar. Mas não se engane, viajar não é viver. Viver significa observar, sentir, experimentar e aprender mas, para vivenciar o que quer que seja, é preciso se dedicar àquele propósito. É esse mergulho profundo, combinado com um mesmo grau de comprometimento que nos acrescenta bagagem de vida.
Viver uma viagem é exatamente igual: exige certo conhecimento (só assim recebemos aprendizado na mesma proporção), dedicação e, principalmente, exige tempo.
Viajar pura e simplesmente não é viver.
Dia desses, indo para o México, meu companheiro de voo disse que estava viajando para conhecer “seu 70o país”. Listando lugares que tinha visitado durante uma volta ao mundo, citou Cingapura. Como não conheço, perguntei quais foram suas impressões. Ele me respondeu que “conheceu Cingapura”, mas só a partir do aeroporto, quando parou para fazer ali uma conexão.
Meu desejo para 2017 é que as pessoas deixem de viajar para colecionar lugares e passem a viver suas viagens com mais ousadia, escolhendo roteiros que fujam de tudo aquilo com o que estão acostumadas.
Que o ano novo faça os viajantes saírem de suas conchas para conhecer novos mundos, viver outros costumes, apurar os sentidos, ouvir novos sons e voltar para casa com um novo olhar. Feliz 2017 repleto de boas viagens para você!