A sede da companhia bolivana em Santa Cruz de La Sierra foi alvo hoje de uma busca geral por parte dos procuradores que efetuaram a prisão de Gustavo Vargas Gamboa além de terem confiscado documentos e computadores já no âmbito da investigação sobre a responsabilidade da empresa no acidente com a delegação da Chapecoense.
Vargas Gamboa é um ex-militar da Força Aérea Boliviana que, entre 2001 e 2007, foi piloto de vários presidentes da Bolívia, incluindo o atual, Evo Morales.
Enquanto isso, Celia Castedo Monasterio, funcionária da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares de Navegação Aérea da Bolívia que teria alertado para a falta de combustível no voo fugiu para o Brasil, chegando a Corumbá, no Mato Grosso, e provocou novo problema no momentoso assunto. Autoridades bolivianas exigem que ela retorne para maiores esclarecimentos.
Ela é procurada sob a acusão de não ter cumprido o seu dever ao permitir a decolagem do voo da Lamia, em Santa Cruz de La Sierra.
Célia, porém, alega que alertou o representante da companhia para o fato do combustível ser insuficiente para chegar em segurança ao aeroporto de Medellín, destino final do voo. As autoridades da Bolívia, entretanto, consideram que a funcionária que tinha como função a revisão dos planos de voo autorizou a viagem da Lamia no aeroporto de Viru Viru, sendo por isso responsável pelo acidente.
O tempo de voo planificado, de quatro horas e 22 minutos, era igual ao da autonomia permitida à aeronave com a quantidade de combustível, e portanto insuficiente para qualquer emergência.
“Podemos garantir com toda a certeza que a aeronave não tinha combustível no momento do impacto e, por isso, foi aberto um processo de inquérito para determinar o motivo”, reafirmou o secretário de Segurança de Aviação Civil (Aerocivil) da Colômbia, Fredy Bonilla, na primeira coletiva oficial sob possíveis causas do acidente.





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