Uma pausa em meio ao conflito e destruição. A igreja maronita de Santo Elias, em Aleppo, celebrou neste domingo a missa de Natal pela primeira vez em quatro anos. Neste período, os combates cerrados na cidade síria obrigaram o templo cristão a permanecer fechado.
Uma parte do teto da igreja está destruída, assim como os bancos de madeira, mas os fiéis reuniram-se e celebraram a liturgia sentados em cadeiras de plástico, tendo entoado cânticos natalínos em árabe, inglês e francês.
Entre os presentes, muçulmanos também assistiram ao ato religioso na igreja que foi construída em 1873, e se encontra num bairro do centro histórico de Aleppo, um dos mais atingidos nos combates entre tropas governamentais e rebeldes durante os últimos anos.
Na quinta-feira o Exército declarou Alepo “livre de terroristas” depois da saída do último grupo de pessoas que foram retiradas dos bairros sitiados da cidade, a maior do norte da Síria e mais castigada durante a guerra.
O conflito na Terra Santa esteve entre os principais temas na missa oficiada pelo Papa Francisco, no Vaticano. Ele lançou um apelo à paz “na Síria martirizada onde tanto sangue foi já derramado” pedindo que “as armas se calem definitivamente”.
“É tempo da comunidade internacional se empenhar ativamente numa solução negocial”, declarou o papa na Praça de São Pedro, no Vaticano, por ocasião da tradicional mensagem de Natal, antes da bênção “Urbi et Orbi”.
O líder religioso apelou ainda à paz na Terra Santa, pedindo que “israelitas e palestinianos tenham a coragem e a determinação de escrever uma nova página da História, onde o ódio e a vingança deem lugar à vontade de construírem juntos um futuro de compreensão recíproca e harmonia”.