O avião da Lamia que se espatifou em 28 de novembro perto de Medellín provocando 71 vitimas fatais, incluindo a maioria dos jogadores da Chapecoense, viajava com combustível no limite e excesso de peso.
De acordo com o relatório da Aeronáutica Civil da Colômbia divulgado hoje, as gravações da cabina do avião indicam que o piloto e copiloto conversaram sobre a possibilidade de efetuar uma escala em Leticia (Colômbia) ou Bogotá “porque se encontrava no limite de combustível”, mas que isto não foi concretizado.
“Eles estavam conscientes de que o combustível não era adequado nem suficiente”, afirmou o coronel Fredy Bonilla, secretário de Segurança aérea, acrescentando que no decorrer do voo o piloto, Miguel Quiroga, “decidiu regressar a Bogotá mas alterou a sua decisão e seguiu diretamente até Rionegro em busca da aterrisagem no aeroporto José María Córdova, de Medellín.
A maioria das gravações de áudio divulgadas hoje em Bogotá foram extraídas das caixas negras examinadas em Londres pelos fabricantes do aparelho, um British Aerospace 146 RJ85, adiantou Bonilla,
Para o relatório da investigação, o “esgotamento em combustível” foi a principal de uma série de irregularidades cometidas pois também foi revelado que o aparelho transportava um peso maior que o permitido voando em uma altitude para a qual não estava autorizado.
O peso real na descolagem era de 42.148 quilos, ultrapassava o peso máximo permitido de 41.800 quilos”, quase 500 quilos a mais, embora este não tenha sido um fator prioritário para o acidente, mas também aumenta o quadro de irregularidades.
Outra foi sobre a altitude em que voava o aparelho, sem certificado autorizado para ultrapassar os 29.000 pés, mas no plano apresentado revelou-se que o faria a 30.000 pés.
O diretor-geral da Aviação civil, Alfredo Bocanegra, o relatório apresentado não tem como objetivo “determinar a culpa ou responsabilidade mas prevenir novos acidentes”. O relatório com a investigação definitiva será apresentado dentro de alguns meses.