BRASILIA – A proposta de um conjunto de medidas para romper barreiras burocráticas e alavancar o turismo brasileiro, impulsionando a promoção internacional do País, foi a temática da solenidade de posse da nova direção da Embratur.
A 22 dias da Olimpíada e Paralimpíada do Rio de Janeiro, além do otimismo demonstrado com os Jogos, parlamentares, autoridades e empresários do setor destacaram efeitos diretos da expectativa para um novo pulso na área administrativa e operacional da Embratur.
Na próxima terça, acontece um primeiro indicativo do novo ritmo Embratur já será dado, quando da coletiva par mostrar a parceria do instituto com a Avianca Internacional. A companhia dirigida pelo grupo Sinergy e que acaba de encomendar mais 62 aviões para o aumento da sua frota, assinará um compromisso com a Embratur para maior divulgação do Brasil no exterior.
Lummertz já destacou que incrementar parcerias deste tipo com a iniciativa privada será um dos efeitos diretos da ação de maior promoção do pais no ambiente internacional.
Vale lembrar que a Avianca integra o seleto grupo de empresas aéreas da Star Alliance, reconhecidamente uma das gigantes entre as alianças de empresas do setor.
No ambiente geral do instituto, proposta de Lummertz é seguir as diretrizes do Plano Nacional de Turismo (PNT) e das defesas no âmbito do Conselho Nacional de Turismo. Entre elas, ele pontuou a busca por investimentos privados nacionais e internacionais em PPPs e concessões, o esforço para destravar obstáculos na criação de marinas e portos turísticos, na abertura de parques naturais, no desenvolvimento de parques temáticos, resorts, cassinos e cruzeiros, além da flexibilidade de investimentos nas cidades históricas.
“O turismo quer e pode fazer muito mais pelo Brasil! Precisamos adotar um conjunto de medidas que transforme oportunidades e potenciais nacionais em efetivos atrativos turísticos. Podemos tirar os empecilhos e abrir caminhos para deixar o Turismo passar e desenvolver o País de forma sustentável e responsável. Esse movimento ajudará a enriquecer a população com um universo infinito de oportunidades, além de gerar emprego e renda”.
“Precisamos desenvolver as Áreas Especiais de Interesse Turístico, legislação que está na Casa Civil, além de apoiar novas posturas para Ibama, ICMBIO, SPU e Iphan”, sugeriu, agradecendo ainda o empenho dos diretores, gerentes, servidores e colaboradores da Embratur.
O maior empecilho para o turismo brasileiro ainda é a falta de consenso sobre a força do setor na esfera pública, nas normas, legislações, programas e ações conflitantes em todos os níveis, que não enxergam o turismo como aliado. Para Lummertz, tudo isso cria um ambiente difícil tanto para investidores nacionais como para os estrangeiros.
Para superar os atuais desafios do setor, é necessário ter uma “Embratur forte” e pronta para honrar sua tradição de 50 anos. Criticou o atual orçamento da autarquia, comparando-o ao dos competidores, incluídos os vizinhos latino-americanos, que investem muito mais.
“Podemos trazer mais turistas e investimentos para o País, o que precisa ser feito por meio de uma Embratur forte na disputa da competição internacional. Esta realidade somente será alcançada com um novo ambiente de negócios, que passa por um conjunto de leis, decretos e portarias que desburocratize e incentive o setor. Já fizemos isso uma vez com a Lei Geral do Turismo”, relembrou.
Após a posse, o ministro interino do Turismo, Alberto Alves, elogiou o novo presidente: “Ninguém é mais preparado que o Lummertz para assumir o cargo de presidente da Embratur, basta observar a expressão de satisfação dos representantes que estiveram aqui. Estou seguro quanto ao excelente e exemplar trabalho que ele vai executar na promoção do País no exterior”.