Travel3 destaca o melhor, o imperdível e o imprescindível para você criar o seu roteiro pela região
A Patagônia Chilena é originalmente o território dos Mapuches, Tehuelche, Kawésqar e dos Yámana. Esses povos indígenas chegaram ao continente há cerca de 6.000 anos e desenvolveram técnicas para viver no ambiente hostil do extremo Sul da América do Sul. Muito antes dos europeus descobrirem a América, eles já cultivavam a terra, caçavam e navegavam pela região.
No século 16, durante as Grandes Navegações, Fernão de Magalhães foi o primeiro europeu a explorar a região. Ele descobriu o estreito que conecta os oceanos Atlântico e Pacífico, batizado com seu nome: Estreito de Magalhães. Ainda no mesmo século, o inglês Sir Francis Drake também navegou pela área, seguido, no século 17, pelo holandês Hendrick Brouwer.

A partir de 1830, a Patagônia passou a ser estudada cientificamente. A bordo do HMS Beagle, o naturalista Charles Darwin e o capitão Robert FitzRoy mapearam e observaram o clima, a geografia, a flora e a fauna locais, o que contribuiu para a formulação da Teoria da Evolução das Espécies, publicada por Darwin em 1859.
Depois da segunda metade do século 20, a Patagônia começou a atrair viajantes em busca de suas belezas naturais. Em 1959 foi criado o Parque Nacional Torres del Paine, que ajudou a promover a conservação da natureza local e chamou a atenção do mundo para as belezas naturais ali guardadas.

Tesouro natural do planeta
A Patagônia Chilena é um dos últimos grandes tesouros naturais do planeta. Suas paisagens dramáticas, a natureza intocada e as experiências autênticas fazem com que a região ainda desperte nos visitantes o espírito aventureiro dos primeiros exploradores.
Deparar-se com o inusitado e com o inimaginável faz parte do roteiro de quem viaja por ela. Para completar, ali estão um sem-número de riquezas culturais e históricas.
Além de sua beleza, a Patagônia enfrenta desafios ambientais. Devido às mudanças climáticas, seus campos de gelo estão recuando a cada ano. Visitar a região agora permite testemunhar um dos ecossistemas mais dinâmicos e frágeis do mundo, reforçando a importância da preservação ambiental.

Geleira Grey é imperdível
A Patagônia Chilena é conhecida por ostentar uma das mais deslumbrantes naturezas e geografias do mundo. Ela é o lar do Parque Nacional Torres del Paine, uma Reserva da Biosfera da UNESCO, que apresenta impressionantes picos de granito, lagos azul-turquesa e extensas geleiras. Imperdível ali é visitar a Geleira Grey, também chamada de Glaciar Grey, que faz parte do Campo de Gelo da Patagônia. Suas paredes de gelo refletem tons de azul profundo e criam icebergs que flutuam pelo litoral, criando um visual hipnotizante.
É possível visitar a Geleira Grey através de trekkings que passam por mirantes como o Mirador Grey, para apreciar panoramas cinematográficos. Outra opção é embarcar num tour de barco ou caiaque e passar perto de enormes icebergs tendo as imponentes paredes do glaciar ao fundo.

Quem gosta de observar a vida selvagem vai adorar descobrir espécies da fauna local como guanacos, raposas e o famoso Condor dos Andes. A região também serve como um refúgio para a vida marinha, com oportunidades de ver baleias, focas e pinguins ao longo de suas costas.

Fazer um trekking é imprescindível
Para os ecoturistas, a Patagônia Chilena é um parque de diversão. Entre tantas atividades ao ar livre, dois circuitos de trekking se destacam entre os melhores do mundo. Eles combinam paisagens espetaculares, ecossistemas diversos e desafio físico. São eles o Circuito W e o Circuito O.
Com duração de quatro a cinco dias, o Circuito W cobre um trecho de 80 km e passa pelas paisagens mais emblemáticas do Parque Torres del Paine, incluindo a Geleira Grey, o Vale Francês e a Base das Torres. Ele é o circuito ideal para caminhantes com experiência de trekking intermediária.

Quem quer menos desafio e mais conforto pode optar por se hospedar em alojamentos localizados ao longo da rota, ao invés de carregar pesados equipamentos para acampar pelo caminho. As trilhas bem conservadas e sinalizadas fazem do Circuito W um dos mais organizados trekkings da Patagônia.

Já o Circuito O, como o próprio nome sugere, dá a volta completa em Torres del Paine, totalizando 130 km percorridos ao longo de 7 a 10 dias de caminhada. A rota atravessa uma região mais remota que o Circuito W, proporcionando uma verdadeira imersão na natureza selvagem. Indicado para esportistas mais experientes, o trajeto passa por uma diversidade ainda maior de ecossistemas, revelando paisagens de montanhas imponentes, rios cristalinos, glaciares e florestas intocadas.

Atividades aquáticas para quem é fã
Na Patagônia Chilena as atividades aquáticas são igualmente atraentes. Entre as opções vale destacar a Pesca com Mosca, conhecida como Fly Fishing. Esse é um tipo de pesca considerada sustentável. Depois de fisgado, o peixe é novamente solto e retorna ao seu habitat natural. A Pesca com Mosca acontece em rios e lagos maravilhosos, de águas limpas e cristalinas.
Embarcar em um caiaque e chegar a localidades inacessíveis por via terrestre é outro programa muito procurado. A melhor época para fazer um passeio de caiaque acontece entre os meses de outubro a abril, quando as temperaturas sobem na região. Ainda assim, é uma atividade física considerada moderada, já que o praticante vai remar em águas frias, sentindo o forte vento da Patagônia. Como recompensa ele vai serpentear uma séries de icebergs formados pela Geleira Grey.

Há também os cruzeiros que atravessam os fiordes chilenos, indo de Puerto Natales a Punta Arenas. As imagens são de tirar o fôlego, dando aos passageiros a chance de ver baleias, leões marinhos e golfinhos; os famosos campos de gelo e cachoeiras altíssimas.
Quem quer um passeio rápido de barco pode escolher entre as regiões de Torres del Paine e Aysén, onde estão respectivamente o Glaciar Grey e o Glaciar San Rafael. A bordo de botes de borracha, os viajantes chegam próximos as geleiras suficientemente seguros para ver de perto os altos paredões de gelo e os enormes icebergs flutuando ao redor.

Por fim, imperdível é ir de barco até o Estreito de Magalhães, para observar as baleias jubarte, as orcas e os golfinhos no Parque Marinho Francisco Coloane. O passeio começa em Punta Arenas e a melhor época do ano para ver a fauna marinha local vai de dezembro a abril.
Conheça a herança cultural da Patagônia
A Patagônia chilena não é apenas uma coleção de paisagens majestosas. A região é também rica em herança cultural. Os povos indígenas chamam esta região de lar há séculos, e suas tradições estão vivas até hoje. Se você gosta de conhecer a cultura de um lugar, aproveite para ter contato com os artesão locais que criam peças de artesanato refinadas.

A cultura gaúcha também tem o seu legado. Fazendas oferecem ao visitante um gostinho do estilo de vida tradicional. Além de se hospedar em uma dessas fazendas, o turista pode experimentar atividade de pastoreio de gado, passeios a cavalo e tosquia de ovelhas. Participar de um rodeio local ou simplesmente relaxar em uma estância é uma maneira fantástica de se conectar com as tradições do Sul do Chile.

Gastronomia que encanta o paladar
A culinária patagônica é uma aventura culinária em si. As águas frias da região produzem alguns dos melhores frutos do mar do mundo, como o caranguejo-real, ou king crab, o robalo e, é claro, o salmão.

Os amantes da comida apreciarão a fusão de influências indígenas e europeias que definem a gastronomia patagônica. Pratos tradicionais como curanto, um ensopado feito em um forno de terra e o churrasco de cordeiro destacam os sabores e as técnicas da gastronomia local.
E como você está no Chile, não perca a oportunidade de harmonizar suas refeições com os vinhos nacionais, especialmente os da região Sul. Se você preferir, saboreie uma das cervejas artesanais produzidas localmente.
Lodges de luxo elevam experiência na Patagônia
Embora a Patagônia seja conhecida pelo ecoturismo e aventura, também oferece opções de luxo e conforto. Lodges e ecoresorts de alta qualidade combinam sofisticação com autenticidade patagônica, oferecendo vistas panorâmicas, spas, refeições gourmet e excursões guiadas. Hospedar-se em um deles é elevar a experiência na região.
Por tudo isso, a Patagônia Chilena é um destino que cativa o viajante e acende o espírito de aventura. Com suas paisagens inspiradoras, atividades emocionantes, ricas tradições culturais, culinária deliciosa e acomodações luxuosas, ela oferece algo de surpreendente para cada um.
Visitar a Patagônia é mais do que uma viagem; é uma experiência inesquecível de contato profundo com a natureza, que pode vir a ser a jornada da sua vida.

Raio-X da Patagônia Chilena
Localização
Sul do Chile, estendendo-se da área de Puerto Montt até o Cabo Horn. A Patagônia Chilena é frequentemente dividida em Patagônia Norte = de Puerto Montt a Aysén + Patagônia Sul = de Aysén à Terra do Fogo.
Terreno
Montanhas acidentadas, geleiras, fiordes, florestas densas e planícies varridas pelo vento. A região é delimitada pelo Oceano Pacífico a oeste, e pela Cordilheira dos Andes a leste.
Melhores épocas para visitar
As melhores estações para visitar a Patagônia Chilena dependem do tipo de atividade e/ou atração. Em geral, os meses de outubro a março são considerados ideais devido as temperatura mais favoráveis a vida ao ar livre e à acessibilidade.
Maravilhas naturais
Parque Nacional Torres del Paine + Campo de Gelo do Sul + fiordes + hidrovias + Cabo Horn + Estreito de Magalhães + flora e fauna local + mares agitados.
Atividades de Aventura
Trekking e caminhadas + caiaque e canoagem + observação da vida selvagem + cruzeiros de expedição.
Patrimônio cultural
Herança dos povos indígenas + legado dos colonizadores e exploradores + arte, música, artesanato + culinária patagônica.
Acesso e conectividade
Coyhaique = dá acesso às atrações da Patagônia Norte.
Punta Arenas = maior cidade do sul do Chile é uma das portas de entrada para a Patagônia Sul.
Puerto Natales = serve como base para o trekking em Torres del Paine.
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