Garimpar com o olhar pequenas maravilhas será um exercício diário para o viajante
Embarcar para o Marrocos é o máximo. O destino foi feito sob medida para os já iniciados na arte de viajar. O viajante que se dispõe a descobrir as belezas deste país deve ter, antes de tudo, sensibilidade. Garimpar com o olhar, pequenas maravilhas que permanecem escondidas será um exercício diário.
Ter a mente aberta para absorver a instigante cultura marroquina deixará a viagem ainda + colorida. Isso inclui ter paciência para negociar e pechinchar com os comerciantes locais e respeitar os costumes árabes. Essa é uma viagem intrigante e ao mesmo tempo fascinante. Ela foge dos padrões ocidentais, o que já é espetacular.
Se você ainda não conhece o Marrocos, embarque conosco agora! A partir daí bastará a você respirar fundo para sentir os exóticos odores. Abrir bem os olhos para não perder uma só imagem. E ouvir com curiosa estranheza a musicalidade do mundo árabe. Boa viagem!
Seja bem vindo ao Reino do Magrebe!
Embarcar para o Marrocos é chegar ao Al Mamlaka al Maghrebia, ou, em bom português, Reino do Magrebe. É assim que os árabes costumam chamar o país africano. Assim como a África do Sul, ele é uma das principais portas de entrada do continente. Apenas um breve trecho de oceano, o estreito de Gibraltar, o separa da Europa.
Banhado pelos oceanos Atlântico e Mediterrâneo, sua posição é estratégica. Por isso foi alvo de ataques e invasões ao longo de sua história. Hoje, o Marrocos recebe o viajante com belíssimas atrações. Elas estão espalhadas por um território que intercala vegetação exuberante, cadeias de montanhas com picos nevados e o autêntico deserto.
Esta diversidade também está presente na rica culinária, no artesanato requintado e numa cultura formada ao longo de dezenas de séculos por civilizações tão distintas quanto divergentes. Fenícios, romanos, berberes, bizantinos, vândalos e, finalmente os árabes, ajudaram a criar, com suas particularidades e erudições próprias, o reino do Magrebe.

Embarcar para o Marrocos é conhecer as Cidades Imperiais
Uma importante parte da cultura marroquina pode ser encontrada nas 4 Cidades Imperiais = Fez + Meknès + Marrakech + Rabat. A partir do século 7 elas se tornaram os centros políticos e culturais do país. Juntas, ajudaram a caracterizar os mais importantes aspectos culturais e o modo de vida do marroquino.
As Cidades Imperiais têm uma parte nova e outra antiga; uma mesquita e um palácio principal. A Medina está geralmente cercada por uma muralha de proteção datada da Idade Média (kasbahs). Além disso o viajante encontrará o bairro judeu (mellah) e os tradicionais mercados (souks).
Marrakech é a + estilosa cidade da África
Capital cultural do Marrocos, Marrakech é um fervilhar de atrações. A Praça Jemaa el-Fna é Patrimônio Mundial da Unesco. Já sua Medina e o souk preservam os mistérios locais. O viajante que se dedicar a percorrer seus labirintos conseguirá retirar, um a um, os véus que a mantêm afastada do turista comum. Para estes, Marrakech se revelará a mais excitante cidade do Norte da África.

Contemple Jemaa el-Fna
Pulso de Marrakech, este é o espaço sagrado da cidade. Há um ritual simples para quem vai visitá-lo pela primeira vez. Atravesse a praça e escolha um dos cafés do entorno para se instalar. Vá para o terraço, peça um chá de menta e observe a vida marroquina acontecendo ali, ao vivo, à sua volta.
Em Marrakech, souk é calendoscópio de exotismos
Najas dançam para os encantadores de serpentes. Micos tiram a sorte e pulam no ritmo dos realejos. Algumas barracas vendem frutas secas e especiarias. Em outras, curandeiros bradam prometendo tratar de todos os males, incluindo os de um coração partido. Mulheres leem o futuro e dentistas, por um punhado de dihrans arrancam, ao ar livre e num piscar de olhos, a dor e o dente.
Homens se abraçam e beijam, cumprimentam-se e seguem caminho. Homens brigam e execram as gerações passadas e as vindouras. Mulheres passam puxando crianças ou o carrinho da feira. A luz bate sobre as construções pintadas de ocre ou vermelho. Sintonizado com o espírito da Medina, está na hora de descobrir o souk.
Planeje para ficar mais tempo no souk
Basta entrar em uma das ruas da Praça Jemaa el-Fna para começar a percorrer o souk, o mercado árabe de Marrakech. Como nos mercados do Egito ou Turquia, o clima é o mesmo. Em ruas estreitas, sinuosas e mal iluminadas, pequenas e grandes lojas oferecem todo o tipo de mercadorias. Temperos, tapetes, artesanato em madeira, joias, peças de decoração e objetos de real valor, tudo pode ser encontrado no souk.
Separe a manhã ou uma tarde inteira para entrar e sair das tendas. Prepare-se, principalmente, para pechinchar – e pechinchar. Quem tiver disposição e perseverança poderá fazer bons negócios, mas, nunca, melhores que os comerciantes locais. Conforme-se, pois você jamais levará a melhor numa compra, o que não significa que pode conseguir um preço mais baixo.
Museu Yves Saint Laurent + Jardin Majorelle são imperdíveis
Na década de 1960, Yves Saint Laurent foi um entre os muitos artistas do século 20 que visitou Marrakech e se encantou por ela. O encanto virou paixão e Saint Laurent acabou comprando uma casa para passar suas férias na cidade. A paixão se transformou em amor pela cultura marroquina e, anos depois, o estilista adquiriu uma instituição local: o Jardin Majorelle. Criação do pintor francês Jacques Majorelle, o jardim estava na iminência de ser destruído para se transformar em um empreendimento imobiliário.

Embarcar para o Marrocos é conhecer o legado de YSL
Hoje o complexo paisagístico é uma das atrações mais visitadas em Marrakech. Instalado ao lado desse belíssimo jardim, o Museu Yves Saint Laurent exibe um projeto arquitetônico de vanguarda e mostra um resumo da obra do artista, com destaque para a influência da cultura berbere em suas obras.
Hoje o complexo paisagístico é uma das atrações mais visitadas em Marrakech. Instalado ao lado desse belíssimo jardim, o Museu Yves Saint Laurent exibe um projeto arquitetônico de vanguarda e mostra um resumo da obra do artista, com destaque para a influência da cultura berbere em suas obras.

Prepare-se para visitar o Museu YSL
Quando você visitar Marrakech, reserve pelo menos 4 horas para conhecer o museu. Veja as projeções de vídeo, observe as roupas e as bijuterias expostas. Encontre, em cada peça as referências árabes e marroquinas. Ouça os áudios com entrevistas dadas por Saint Laurent e termine fazendo compras na lojinha do museu.
Em seguida, caminhe 50 metros para entrar no Jardim Majorelle. Verdadeira obra de arte, é um ambiente de contemplação. Seu paisagismo tem inspiração islâmica. Quem por ele caminha instantaneamente se emociona com a quantidade de cores e formas, combinadas de maneira exótica e harmônica. Uma coleção de cactos, uma floresta de bambus, buganvilas e árvores frondosas se intercalam com lagos e espelhos d’água, palmeiras, coqueiros, bananeiras e jasmins. O resultado é luxuriante.
Entregue-se ao som dos pássaros, ao colorido e à plasticidade das plantas. Mergulhe o olhar no mais belo de todos os azuis. Batizado de Azul Majorelle, era a cor predileta do criador desta obra de arte viva.
Ao fundo há o memorial Yves Saint Laurent, onde repousam as cinzas do estilista ao lado das de seu companheiro, Pierre Bergé. O Jardin Majorelle pertence agora à atualmente pertence à Fundação Jardim Majorelle que, por sua vez, está ligada à Fundação Pierre Bergé – Yves Saint Laurent.
Marrakech é perfeita para MICE + viagens de experiência
As viagens de incentivo são um dos segmentos mais criativos do turismo. Por serem um prêmio, oferecem um autêntico presente, uma experiência fora do comum para quem nelas embarcam. Marrakech oferece uma completa infraestrutura para roteiros MICE. Alguns dos melhores e + premiados hotéis do mundo estão aqui. Idem para os restaurantes de alta gastronomia. Há receptivos com serviço impecável, o que é essencial para a viagem transcorrer de maneira perfeita. Por fim, as atrações, a música, as cores e o cenário natural contribuem para uma experiência fora do comum.
Hospede-se no La Mamounia, um autêntico Grande Hotel
O La Mamounia foi construído em 1923, dentro de um magnífico jardim de um sultão marroquino. Ele é hoje uma propriedade do Rei do Marrocos. Em 2009, depois de passar por 3 anos de reformas, o luxuoso hotel reabriu suas portas.

Ao hóspede que faz o check-in são servidas tâmaras frescas em uma pequena bandeja de prata. Em um copo de cristal ele bebe leite aromatizado com água de flor de laranjeira. É a maneira marroquina e deliciosa do hotel dizer: seja bem-vindo.

O La Mamounia não tem quartos, mas sim aposentos. Na verdade, são suítes com vários ambientes, onde a madeira de lei, a seda, o couro; os cristais e mosaicos feitos em terracota; e os vários níveis de luminosidade compõe a decoração. Longe de remeter à ostentação, ela retrata de maneira elegante o circunspecto estilo árabe andaluz.
O que mais impressiona o hóspede é o silêncio, os ambientes perfumados – com uma essência criada especialmente para o hotel – e a iluminação; dramática; teatral. Um dos melhores momentos da estadia é se sentar ao lado da piscina para tomar o café da manhã ouvindo o canto dos pássaros. Esta gama de sensações faz o hóspede apreciar, saborear, vivenciar cada minuto no La Mamounia.
Embarcar para o Marrocos é conhecer Ouarzazate, a Terra do Silêncio
Distante cerca de 200 km de Marrakech, este é o significado da palavra berbere que dá nome a cidade. Ouarzazate é também chamada de Portão de Entrada do Deserto do Saara.
Existem roteiros que oferecem um tour de um dia a Ouarzazate, o que acaba sendo cansativo e ineficiente. O trajeto é longo, apesar da curta distância. A estrada é estreita e cheia de curvas. Resultado: a viagem dura, na melhor das hipóteses, 5 horas, com direito a uma parada rápida no caminho. Quem sai de Marrakech para visitar Ouarzazate e volta no mesmo dia termina o passeio exaurido e, pior, não conhece o que é realmente fascinante.
Se você quer conhecer a cidade inclua pelo menos 3 dias e 2 noites ao seu roteiro, para visitar Ouarzazate. Porque? Se Marrakech é a cidade cosmopolita, colorida, agitada e repleta de atrações, Ouarzazate mantém o legado da cultura berbere, do Kasbah e das fortalezas do Sul do Marrocos, como Ait Benhaddou, Patrimônio da Unesco.
Em Ouarzazate, faça um passeio de quadriciclo pelo deserto
Estendido aos pés das Montanhas Atlas, o Deserto de Pedra é magnífico. Contemplar a imagem de quilômetros e quilômetros de areia, se estendendo até onde a vista alcança já é emocionante. Imagine então mergulhar no deserto, pilotando um quadriciclo. Esta é uma entre tantas atividades que podem ser vivenciadas em Ouarzazate. O passeio dura cerca de 2 horas. A aventura é maravilhosa, surpreendente e ao mesmo tempo muito confortável.
Enquanto um guia conduz o grupo de visitantes pelas trilhas do Deserto de Pedra, outro guia fecha o comboio, para apoiar os retardatários ou quem porventura tiver algum problema no percurso. A partir daí cada um se entrega à sua própria viagem. Ao fundo as Montanhas Atlas acompanham os turistas. Aqui e ali surge pequenas vilas, rebanhos de ovelhas ou cavalos que estão sendo transportados de uma vila para a outra. Mesmo estando em um grupo, você vai perceber – a sensação de solidão é maravilhosa, ampliada pelo cenário monocromático.

Embarcar para o Marrocos é ver surgir um oásis no meio do deserto
De repente surge um oásis, exatamente como imagina o inconsciente coletivo: vegetação viçosa, grandes palmeiras e, ao fundo, um Ksar, como são chamadas as fortalezas marroquinas.
Você está diante do Ksar Ait-Ben-Haddou e, claro, vai descer do quadriciclo para contemplar esta maravilha. Imagens belíssimas são difíceis de descrever. O Ksar Ait-Ben-Haddou é Patrimônio da Unesco. A gigantesca construção se assemelha a um castelo de areia com linhas mal traçadas, paredes inclinadas e interpostas nos mais diversos ângulos. É como se deparar com um grande labirinto vertical. Por um momento o viajante se imaginará pertencendo a uma tribo de nômades do Saara.

Ouarzazate mostra o que o Marrocos e Hollywood têm em comum
A luz dourada do Marrocos é conhecida como uma das melhores do mundo para se rodar um filme. Esta qualidade também existe em Los Angeles e foi um dos motivos pelo qual os estúdios cinematográficos norte-americanos se estabeleceram em Hollywood. Em Ouarzazate, além da luz, há a paisagem do deserto do Saara, das ruínas e fortificações berberes e árabes. Como resultado, Ouarzazate oferece um grande e vivo cenário, perfeito para os sets cinematográficos.
A cidade sedia 2 estúdios de cinema e ambos estão abertos a visitação pública. Um deles visitado durante esta reportagem é o Atlas Estúdio. A visita é recomendada principalmente para quem gosta de atrações com muitas informações curiosas e, é claro, para os cinéfilos em geral. Neste estúdio foram rodados centenas de filmes produzidos em parceria com Hollywood. Alguns, de maneira integral, como Axterix e Obelix, estrelado por Gerard Depardieu. Outros foram rodados em parte, como Babel, estrelado por Brad Pitt e Cate Blanchett; ou o Gladiador, com Russel Crowe e Joaquin Phoenix.
A visita dura aproximadamente 2 horas e é possível conhecer os vários sets de produção, visitar cenários famosos, que ainda servem de locação para outras produções, e conhecer curiosidades do cinema internacional. Quem tiver sorte pode até ver um filme sendo rodado, ao vivo.

Embarcar para o Marrocos é se encantar com os cenários de Casablanca
A cidade ganhou fama mundial graças a Humphrey Bogart e Ingrid Bergman, os 2 astros de Hollywood que estrelaram o filme noir de mesmo nome. O resto é história. Ou pura ficção, como o restaurante, o Café Rick, que é uma das atrações de Casablanca e atrai milhares de turistas. Eles chegam para conhecer o local, é claro, e proferir a famosa frase do filme: play it again, Sam. Talvez eles não saibam, mas o filme não foi rodado em Casablanca. Já o Café Rick foi criado depois, e por causa do filme. Por fim, a frase play it again, Sam, nunca foi dita por Ingrid Bergman.
Ainda assim, a Casablanca de verdade tem mesmo um incrível acervo arquitetônico em estilo art nouveau. Seu nome original, antes de se chamar Casablanca, é Anfa. O viajante mais atento que faz um tour pela cidade verá muitas vezes o nome Anfa ser usado, ao invés de Casablanca. Talvez seja uma tentativa de dar à cidade mais feições da cultura árabe e berbere.

Deixe-se emocionar diante da Mesquita Hassan 2º
É justamente este lado berbere, árabe e mulçumano o diferencial da sua estadia na cidade. E o ponto alto será a visita à Mesquita Hassan 2º. Prepare-se para esta visita. Ao chegar, pare para entender a magnitude da obra. Admire de longe a fachada e siga parando pelo caminho até vê-la bem de perto. Ouça os sons ao redor, os fiéis rezando, guias explicando o templo em vários idiomas.
Siga para a entrada principal, entre, contemple, caminhe, descubra e ouça, você também, as explicações do seu guia. Serão muitas as suas impressões e definitivamente, ao ouvir o nome Casablanca, você imediatamente se lembrará da sua visita a Mesquita Hassan 2º. Casablanca é um ótimo pretexto para você embarcar para o Marrocos.
Embarcar para o Marrocos é se deliciar com o Cuzcuz, o prato nacional
A comida marroquina é uma atração a parte. Seguindo a cultura local, é farta, rica em sabor e muito bem elaborada. Saladas variadas, açafrão, carnes assadas e legumes cozidos formam a base culinária. Não volte para casa sem provar o Cuzcuz marroquino, o prato nacional por excelência. Idem para o carneiro assado, uma verdadeira instituição gastronômica. O chá de menta é outra marca registrada e faz parte do ritual de boas vindas. Por isso, o turista deve sempre aceitá-lo, quando oferecido.
Ao conhecer os costumes locais o visitante notará uma certa desatenção, por assim dizer, com os cuidados básicos de higiene. O mais recomendável é evitar comer fora dos hotéis. Quem for comer fora deve buscar restaurantes aptos a servir os estrangeiros. O melhor é fugir das pequenas lanchonetes e bares. Beba sempre água mineral ou refrigerantes, evitando até mesmo os sucos de frutas servidos nos hotéis. A religião não permite bebidas alcoólicas, mas elas são vendidas para os turistas, em determinados hotéis. Embarcar para o Marrocos é vivenciar as cores e os sabores do mundo árabe.