
Confira as principais medidas para evitar complicações ao enviar remessas para fora
Enviar dinheiro ao exterior é algo cada vez mais comum, mas que ainda gera muitas dúvidas. E para evitar complicações ou taxas excessivas, é preciso atenção a fatores diversos; como forma de envio e impostos. Além disso, é indispensável conferir a cotação, já que nem todas as empresas adotam o mesmo parâmetro de câmbio.
A seguir, confira com maiores detalhes os 4 cuidados essenciais para enviar dinheiro ao exterior.

1 = Escolher a melhor forma de envio
Hoje em dia, as opções para enviar dinheiro ao exterior vão além de agências bancárias. Embora bancos tradicionais ofereçam segurança, costumam ser sinônimo de burocracia; e, consequentemente, demora. Além disso, essas instituições costumam utilizar como base o câmbio turismo – mais caro que o comercial – e ainda cobrar taxas.
Por isso, é preciso analisar outras opções para realizar as remessas. Hoje em dia, o vale postal eletrônico e as transações digitais vêm se popularizando, e costumam oferecer facilidades como menores taxas e maior rapidez.
No entanto, é sempre importante verificar junto ao Banco Central se a instituição tem autorização para funcionar e oferecer esse tipo de serviço financeiro.

2 = Analisar os impostos e taxas
Diferentes impostos incidem sobre a transferência de recursos entre instituições de diferentes países; e conhecê-los é importante para evitar sustos e dores de cabeça. Um desses impostos é IOF = Imposto sobre Operação Financeira, que também é cobrado em operações de crédito; como empréstimos + seguros + títulos mobiliários.
No envio de remessas ao exterior, o valor do IOF varia entre 0,38% e 1,1%, e depende da natureza da remessa. Ao enviar dinheiro para terceiros, por exemplo, esse valor costuma ser de 0,38%; enquanto em compras feitas com cartão de crédito ou débito o valor sobe para a 6,38%. O banco ainda cobra IOF de acordo com a titularidade da conta + taxa de câmbio + taxa de transferência do código Swift – que permite a comunicação entre os bancos.
Além disso, outro aspecto que influencia o valor do IOF e também – de forma direta – o da transação é o VET = Valor Efetivo Total; que é o o custo em reais pago pela compra de qualquer moeda estrangeira. Além dos tributos, o VET inclui taxas de câmbio e outras tarifas incidentes na operação. Nesse sentido, é preciso atenção às tarifas cobradas por bancos e casas de câmbio para o envio, já que o valor varia e pode ser cobrado tanto de quem envia o dinheiro quanto de quem recebe.
Por fim, é claro, é preciso estar atento às taxas de câmbio para pagar menos na hora de enviar dinheiro ao exterior. O câmbio comercial, cobrado por importação e exportação, é mais barato que o turismo – que, por sua vez, é adotado por boa parte dos bancos e casas de câmbio.

3 = Prestar atenção à cotação
O valor do real no mercado internacional já foi mais estável. Por isso, é extremamente importante prestar atenção na cotação ao enviar dinheiro para o exterior. Tempos de real valorizado e moedas como o dólar mais baratas são bons para enviar dinheiro para fora; enquanto em tempos de câmbio caro e real desvalorizado é melhor receber as transferências no Brasil. Assim, além de terem menos taxas, algumas plataformas digitais adotam como parâmetro o câmbio comercial, que é consideravelmente mais barato que o câmbio turismo.
Por isso, a dica é acompanhar a evolução do câmbio e realizar simulações em diferentes plataformas e instituições.

4 = Planejar com antecedência
Ao realizar remessas internacionais, planeamento é indispensável. Isso porque, embora varie entre diferentes instituições, o prazo para que as transferências aconteça pode chegar a até 5 dias. Uma pesquisa prévia evita dores de cabeça e surpresas desagradáveis – e permite pagar menos e saber quando o dinheiro chegará à conta do beneficiário.