Embarque e viaje nos textos e imagens de grandes autores
Viajante é uma palavra que inspira escritores, artistas e até estudiosos e cientistas. Os planetas, por exemplo, se tornaram os primeiros viajantes sem rumo do universo, afinal a palavra, criada pelos gregos, observadores dos mistérios, quer dizer errante.
Num momento de inspiração, o escritor chinês Lin Yutang colocou no papel sua ideia de um viajante perfeito:
Aquele que não sabe de onde vem, nem para onde vai.
Lin Yutang
Já o diretor de cinema Bernardo Bertolucci preferiu definir o que seria um viajante perfeito, num diálogo entre personagens, logo no início de um de seus filmes, O Céu que nos Protege.
“O turista sempre pensa em voltar para casa”, diz um personagem. “E o viajante pode nem voltar”, completa o outro.
De um trecho do filme O Céu que nos Protege
Marco Polo é um autêntico viajante que virou um clássico da literatura de viagem. O livro As Viagens de Marco Polo tem a tradução impecável de Carlos Heitor Cony e Lenira Alcure da Ediouro, narra as viagens do explorador que saiu de Veneza aos 17 anos em direção ao Extremo Oriente.
Viajante é uma palavra que traduz a saga de Thor Heyerdahl
Por fim o viajante, explorador e etnólogo norueguês Thor Heyerdahl. contou sua aventura no livro Kontiki, publicado no Brasil pela José Olympio Editora.
Ele zarpou do Peru em uma embarcação semelhante à usada por navegadores primitivos, movido pela tese de que havia uma explicação para as semelhanças entre os povos da América e da Polinésia. Como um diário de viagens, a obra narra a saga que durou 101 dias, até o explorador chegar à um atol da Polinésia. O livro se tornou um best-seller e já foi traduzido em mais de 70 línguas.
O melhor de tudo é que ao ler esses livros, a gente também viaja de verdade.