André Rossi tem muito a dizer e agradecer ao Turismo

Em entrevista exclusiva, executivo fala sobre sua trajetória profissional, os novos desafios como gerente do Arraial d’Ajuda Eco Resort e o valor das pessoas dentro dessa Indústria

André Rossi é um dos nomes mais conhecidos do turismo mineiro. Conheço-o a décadas. Algumas vezes de muito perto, de outras vezes à distância, acompanhei sua bem sucedida trajetória profissional. Voltamos a nos encontrar na WTM Latin America 2019 e, dias depois, recebi dele a notícia de mais uma conquista dentro de um já extenso currículo. André Rossi é hoje o gerente comercial do Arraial d’Ajuda Eco Resort. O momento foi propício para uma entrevista que você lê agora.

Travel3 = André, como você começou sua trajetória na Indústria do Turismo?

André Rossi = Meu primeiro contato com turismo foi na década de 1980, em uma tradicional  e muito respeitada agência no mercado de Minas Gerais – a Visa Turismo. Depois atuei em uma agência de viagem ligada ao extinto Banco Real. Não que eu seja velho, mas eu comecei ainda muito novo rs…

Já no final dessa década e no princípio da década de 90, como bom mineiro, me mudei para os Estados Unidos. Tinha como finalidade estudar e trabalhar. Nessa época conheci a área de receptivo e prestávamos serviço de forma terceirizada para uma operadora que tinha uma boa referência nos roteiros de Disney. Naquela época os passageiros chegavam em Miami, pois não havia a facilidade de hoje, com o aeroporto em Orlando. Após 2 anos trabalhando resolvi que New York seria a minha próxima parada, daí sim, conheci pela 1ª vez o lado da hotelaria em um resort na região das montanhas que ficava algumas horas ao norte de New York.

De volta ao Brasil, comecei a atuar no segmento de operadora onde tive o prazer em trabalhar com pessoas simplesmente maravilhosas que me deram oportunidade de construir um relacionamento com toda cadeia no segmento = agentes de viagem + receptivos + hoteleiros. Sem dúvida aprendi e aprendo muito até hoje e reconheço que devo muito aos meus parceiros.

André, qual o balanço que você faz da sua carreira?

Eu diria que nesses anos de profissão posso me considerar um sortudo, pois neste caminho conheci e fiz muitos amigos de verdade aos quais tenho o maior respeito, admiração e gratidão. Isso sem falar das empresas. Posso me orgulhar em dizer que trabalhei junto as 3 maiores operadoras do Brasil, empresas lideradas por pessoas que tenho maior carinho e consideração.

É difícil esquecer das pessoas que estiveram ao seu lado nos momentos mais difíceis e os que ajudaram a realizar conquistas. Por isso confesso que me sinto um privilegiado. Para mim é muito importante ter em mente a lembrança e a importância dessas pessoas, pois o nosso segmento é feito deste tipo de valores. 

Como e por quem foi feito o convite para você passar a atuar no Departamento Comercial do Arraial d’Ajuda Eco Resort?

Houve um momento que me interessei pela área, porém o convite surgiu numa conversa durante um agradável encontro em Belo Horizonte. Sou amigo do gerente anterior, Sérgio Rabelo, o qual sugeriu meu nome aos gestores, também mineiros. Daí começamos as conversações e de conterrâneo pra conterrâneo fica mais fácil a conversa…rs…

O que te levou a aceitar o convite?

A possibilidade de uma mudança pessoal, profissional e a busca por um novo desafio. Quando você vem para o outro lado, no caso, a hotelaria, você tem a oportunidade em aprender ainda mais, relacionar-se com pessoas, que sempre valorizei e consegue viver a experiência de recebê-las. Acho isso fantástico, pois de clientes, os hóspedes se transformam em amigos.

Como você encontrou o eco resort e, a partir de agora qual será o seu maior desafio?

Eu já conhecia o Arraial d’Ajuda Eco Resort há muito tempo. E o destino Arraial d’Ajuda é um caso a parte, dispensa comentários e fala por si só. Encontrei o hotel em condições impecáveis, com uma qualidade incrível no atendimento e gastronomia surpreendente, realmente acima das expectativas.

Meu desafio além de manter este padrão será trabalhar para que nossa missão seja sempre entregue. E a nossa missão é encantar o hóspede. Creio que todo hoteleiro deva pensar e agir desta forma e no Arraial d’Ajuda Eco Resort pensamos assim.

Sua ligação com o mercado mineiro é forte. Como você transformará esse respeito num ativo para atrair cada vez mais viajantes mineiros para o Arraial d’Ajuda Eco Resort?

Agradeço a credibilidade com que o mercado me brindou nesses anos, e realmente minha ligação e paixão por eles é autêntica. Acho que é importante apresentar o empreendimento que, por si só, já demonstra a qualidade e classe que o mineiro tanto gosta. Para chegar ao Arraial d’Ajuda Eco Resort, leva-se 15 minutos do aeroporto ao nosso píer privativo e daí atravessar em nossa balsa exclusiva até o ecoresort. O grupo possui um parque aquático que é maravilhoso, onde os hóspedes, como cortesia, podem utilizá-lo, com serviço de transporte incluído. A impressão que o hóspede tem é mais ou menos como chegar à “Ilha da Fantasia”.

Agora atuando na hotelaria, como você vê o momento atual das operadoras brasileiras?

Entendo que os operadores exercem um papel fundamental para o mercado turístico em geral, fazendo a interface entre produtor e o consumidor – no nosso caso, entre a hotelaria e o cliente final. Eles utilizam a rede de agências de viagem que também são fundamentais para o mercado. Diria que os operadores tornam mais viáveis as viagens, com ofertas de voos e formas de pagamento mais acessíveis.

Se voltarmos nossa conversa para o começo da sua carreira, na década de 1980 e compararmos com o momento atual, quais foram as principais mudanças, na sua opinião, que ocorreram na indústria do turismo como um todo?

Muita coisa mudou, houve uma transformação gigante no turismo e no mundo. De uma forma geral se tornou muito mais fácil viajar. O turista hoje tem praticamente tudo na palma da mão e como a informação se tornou acessível, ele já entra em contato com as agências sabendo o que quer. Isso exige que o profissional da área se mantenha sempre atualizado. A tecnologia veio para ficar e os avanços nessa área foram absurdamente rápidos. Existem muitas facilidades hoje para pesquisa, escolha e compra via tecnologia. 

Inúmeros são os GDS que disponibilizam dados de fornecedores de produtos e serviços para outros fornecedores, agentes de viagens e para o consumidor final. Essas informações permitem ao profissional se organizar, reduzir custos para montar seu produto final. E atores da cadeia do turismo estão sempre inovando pois o consumidor final adquiriu o papel primordial na escolha e controle dos produtos no processo de reserva e de compra.

Em determinado momento, a qualidade de vida passa a ser um objetivo a ser atingido em uma carreira profissional. André, é esse o seu momento hoje?

Sou uma pessoa que sempre buscou desafios. A competitividade sempre fez parte da minha carreira. A opção pelo Arraial d’Ajuda não priorizou qualidade de vida, mas é claro que morar em Arraial d´Ajuda é um privilégio.

Volto a dizer que sempre fui abençoado profissionalmente, gosto muito do turismo e durante minha carreira tive a oportunidade de conhecer e conviver com pessoas de uma energia muito boa. Encontrei o mesmo ambiente aqui, no Arraial d’Ajuda Eco Resort, a começar pelos diretores, passando por toda a equipe de colaboradores. Acredito que, juntos, faremos um grande trabalho.