A partir daí um efeito dominó jamais imaginado se instaurou em todos os continentes
Em 11 de março de 2020, o planeta acordou com a notícia. A Organização Mundial da Saúde havia decretado o estado de Pandemia. Era a constatação de que o Coronavírus havia sido mais forte do que os mais poderosos governos do mundo e já estava presente em todos os países de todos os continentes. A partir daí, como num efeito dominó, as fronteiras internacionais começaram a se fechar, enquanto os viajantes tentavam, a todo custo voltar para suas casas. Os regimes de quarentena começaram a ser instituídos… e o mundo parou. No olho do furacão estava, e ainda está, a Indústria do Turismo.
Em 11 de março de 2021, os dados mostram a amplitude da pandemia
Um ano depois já é possível vislumbrar a amplitude do impressionante colapso do setor. E basta um número para retratá-lo. Em 2019, o turismo continuava traçando linhas ascendentes nos gráficos de crescimento, prestes a bater novos recordes. Àquela altura, o setor era responsável por 1 em cada 10 empregos do planeta e a indústria das viagens havia atingido a marca de quase 1 bilhão e 500 milhões de chegadas internacionais, isso sem falar no número de viagens domésticas.
A partir de 11 de março de 2020, a COVID-19 fez a linha do gráfico despencar de uma altura de aproximadamente 1 bilhão e 100 milhões de pessoas, que deixaram de fazer viagens internacionais. O declínio de 75% sacudiu as economias. De acordo com a Organização Mundial de Turismo, 2020 perdeu cerca de 1,3 trilhão de dólares nas receitas de exportação global. O número é 11 vezes maior do que a também histórica crise de 2009.
Alguns destinos turísticos viram o número de visitantes cair até 97% em comparação com o ano de 2019. Muitos desses destinos acreditam que só retornarão aos níveis pré-pandemia daqui a 3 ou 4 anos. A previsão desses destinos é realista. Mesmo com o advento das vacinas, vai levar algum tempo para que os turistas recomecem a viajar com mais naturalidade.
Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) aposta numa tendência para os próximos meses
Para tentar traçar uma tendência para os próximos meses, a IATA, a Associação Internacional de Transporte Aéreo, que representa cerca de 290 companhias aéreas, responsáveis por cerca de 80% de todo o tráfego mundial, publicou uma pesquisa que fez com 4.700 viajantes de 11 países. Os resultados são mais positivos do que os da mesma pesquisa feita em setembro de 2020. 72% dos entrevistados disseram que irão embarcar o mais breve possível para visitar familiares e amigos. Já 81% acredita que a probabilidade de viajar será maior assim que forem vacinados. 57% dos participantes da pesquisa pretendem viajar cerca de 2 meses depois do anúncio oficial de que a pandemia foi contida. 84% afirmou que vai adiar a viagem, se houver a possibilidade de ser decretada quarentena no destino que pretendem visitar. Por fim, 56% dos viajantes entrevistados disseram que vão aguardar a economia de seus países se estabilizar, antes de pensar em viajar novamente.