"A China é uma inspiração para os outros países em termos de políticas de apoio ao turismo e ao colocar o turismo no centro da luta contra a da pobreza e das estratégias de desenvolvimento nacional", afirmou o Secretário-Geral da ONU, Taleb Rifai, na abertura da 22ª sessão da Assembléia Geral, ele que cumpre a sua derradeira atuação no mais alto posto da OMT.
"Além de ser o quarto país mais visitado do mundo, com 59 milhões de chegadas internacionais em 2016, a China também é o maior mercado de turismo doméstico, com 4,4 bilhões de viagens feitas dentro de suas fronteiras", foi um dos números com os quais deu ênfase à realização da Assembléia Geral pela segunda vez na China.
O Secretário-Geral lembrou esta relevância. "Sinto-me muito orgulhoso de ter contribuído para expandir a capacidade de viagens e turismo para o progresso que orienta nossa ação comum até 2030.
Wang Yang, vice-ministro da República Popular da China, lembrou que, desde a inclusão da China na OMT em 1983, o setor de turismo cresceu para representar 10% da economia do país. O vice-primeiro-ministro confirmou que o "turismo inteligente" orientará o desenvolvimento do setor e ressaltará a necessidade de implementar políticas para aumentar o turismo sustentável.
O dirigente chinês também mencionou que a abordagem sustentável do turismo na China resultou da harmonia tradicional entre homem e natureza amplamente presente na cultura. Além disso, sublinhou a relevância do aumento da cooperação entre os países no campo do turismo, especialmente em situações de crise, como desastres naturais. Ele também notou que 6 milhões de empregos relacionados ao turismo foram criados em 2016 na China, particularmente para mulheres, pessoas com deficiência e comunidades rurais.
A Assembléia Geral da OMT discutirá a Declaração de Chengdu sobre "Turismo e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável". O documento, no qual o potencial do setor turístico é sublinhado em termos econômicos, sociais e políticos, inclui 19 artigos que, entre outros, recomendam aos governos "desenvolverem uma abordagem integrada e holística da política de turismo para alavancar o setor positivo impacto e efeito multiplicador sobre pessoas, planeta e prosperidade (artigo 1) ".
Além disso, para avançar, o setor de turismo deve desacoplar o crescimento de danos ambientais; lutar contra as mudanças climáticas em toda a cadeia de valor do turismo; medir os impactos dos viajantes todos os dias com precisão e regularidade e promover acessibilidade para todos ", considerou o secretário geral.
"Ademais, precisamos garantir que os benefícios do setor atinjam as comunidades e evitar impactos negativos em seus tecidos sociais, abordando questões como o superlotação, protegendo os fracos de serem explorados em nosso setor, evitando vazamentos e enfrentando desafios de segurança do setor global e do turismo. sem comprometer os direitos das pessoas, particularmente a liberdade de viagem e de movimento ", acrescentou em seu discurso, elogiadíssimo pelos participantes e delegados de todos os países e membros da OMT.