RIO DE JANEIRO – Um jovem que se consagra aos 22 anos faz com que o esporte brasileiro ganhe uma nova projeção e resgate o Atletismo que já teve nomes brilhantes como Adhemar Ferreira da Silva, Joaquim Cruz, Maurren Maggi – os três medalhistas de ouro.
A eles se integra a partir de hoje o nome de Thiago Braz, com sua conquista e marca históricas. Os 6,03 do salto com vara se transformaram no entusiasmo do Engenhão como a nova marca recorde olímpica e a maior conquista da modalidade brasileira nos ultimos anos.
Há dois anos, Thiago Braz vem sendo treinado pelo ucraniano Vitaly Petrov. Conquistou a medalha de ouro no Mundial sub-20 da modalidade, em 2012, disputa em Barcelona e teve como melhor resultado antes do ouro no Rio, a prata nos Jogos Olímpicos da Juventude em 2010, em Cingapura.
Thiago superou o francês Renaud Lavillenie que era o campeão olímpico e recordista mundial com os 5,97 metros, registrado em Londres, onde faturou o ouro há quatro anos.
Superar a França foi a missão do vôlei masculino que no ‘caldeirão’ do Maracanãzinho voltou a ter a atitude vitoriosa de outras tantas conquistas e nos 3×1 abriu sua passagem para as quartas de final.
O receio de uma desclassificação antecipada existia e esteve no ar com as duas derrotas anteriores e que voltou especialmente no ultimo set antes da virada sensacional da equipe brasileira. A próxima de mata-mata é contra a Argentina.
Os argentinos pouparam titulares e não colaboraram para a possibilidade de classificação do basquete masculino brasileiro. A derrota para a Espanha, porém, levou os platinos para uma missão nada favorável nas quartas de final: terão que enfrentar o Dream Time americano.
A vitória completou uma segunda que já começou diferente com mais uma medalha – a terceira da ginástica masculina – na prata das argolas, com Arthur Zanetti. E que mostrou Flávia Saraiva, de 16 anos, chegando a um quinto lugar e já antecipando esperanças para Tóquio 2020.
O Brasil já passa o numero de dez medalhas, sem contar com a garantida de Robson Conceição, que pode conquistar o ouro do boxe nesta terça-feira, além das possibilidades de outro baiano, o inspirado Isiquiel Queiroz na canoagem.
No vôlei de praia temos três duplas nas semifinais dos torneios feminino e masculino. E no futebol o Maracanã recebe as esperanças da seleção feminina em passar para a final, enfrentando a Suécia outra vez. Na primeira fase foram 5×1 e a artilheira recordista Cristiane volta hoje.
Ainda ontem, a segunda feira registrou também a primeira medalha feminina na natação com o bronze que ficou para Poliana Okamato, que foi quarto lugar mas passou para terceiro com a desclassificação da nadadora francesa. Uma vitória de superação depois da decepção que teve em Londres.
E como superação, um registro para Shaumma Milles, das Bahmas, que literalmente se jogou para chegar a sua sétima medalha, ela que ganhou ouro nos 400 metros, em mais um dos momentos de tantas emoçoes nos Jogos Rio 2016.
O quadro de medalhas teve um salto brasileiro de várias posições, terminando o nono dia com o 16o.lugar. Os EUA seguem em primeiro, 75 medalhas, 26 de ouro. Gra-Bretanha em segundo, 41 com 16. A China tem mais medalhas, 46, e menos ouro, 15. Em quarto, mesmo sem competir no atletismo, a Russia chegou a 36, com 11 de ouro.