A pandemia fez, deste, um ano sem precedentes na história da aviação comercial
Para as companhias aéreas de todo o mundo, 2020 é um ano histórico, com desafios inimagináveis e que não dão trégua. A Associação Internacional de Transporte Aéreo, IATA, já revisou para baixo os números da recuperação econômica das companhias aéreas, previstos para 2021. A 2ª onda da pandemia dificultará as viagens no quarto trimestre do ano, justamente os meses da chamada alta temporada do turismo. Como muitas fronteiras continuam fechadas e, quando abertas estão impondo medidas de quarentena para os viajantes, a tão esperada recuperação de final de ano não aconteceu.
Para as companhias aéreas, o 4º trimestre do ano continua difícil
Assim, a IATA prevê que o tráfego aéreo de 2020 será quase 70% menor do que o do ano de 2019 e que, tudo indica, a receita da indústria da aviação comercial será aproximadamente 50% menor do que a receita de 2019. Neste momento o setor, que está tentando evitar falências e preservar os empregos para o próximo ano, já vislumbrou que não conseguirá atingir seus objetivos sem uma ajuda governamental. Por isso a IATA tem enviado apelos aos governos, pedindo que seja oferecido um “alívio financeiro para que as companhias aéreas evitem demissões em massa”.
A associação também reforçou o pedido para que os governos invistam em testes de COVID-19, oferecendo-os aos passageiros, antes de embarcar, permitindo assim que as fronteiras sejam reabertas.
Estimativas para 2021 foram revisadas para baixo
Embora as companhias aéreas tenham tomado medidas drásticas para reduzir despesas, cerca de 50% dos seus custos são considerados fixos. Os resultados preliminares do 3º trimestre mostram que os custos unitários aumentaram cerca de 40% em comparação com o mesmo período do ano passado. Para 2021, a IATA estima que, para atingir um resultado operacional equilibrado e neutralizar a queima de caixa, os custos unitários terão que cair 30% em comparação com 2020. Esse declínio é sem precedentes.