Associação agradeceu medidas já adotadas, mas pediu que mais governos ajam
A Associação Internacional de Transporte Aéreo = IATA pede a ajuda de governos de todo o mundo para enfrentar a crise gerada pela Covid-19. A pandemia reduziu drasticamente a receita das companhias aéreas, que enfrentam o rápido declínio das reservas de caixa.
Ao mesmo tempo, a entidade agradeceu os governos que, como brasileiro, já adotaram medidas para aliviar o impacto sentido pelo setor.
As companhias aéreas estão lutando para sobreviver em todas as regiões do mundo. Restrições de viagens e queda na demanda significam que, com exceção do transporte de carga, quase não há transporte de passageiros. Para as companhias aéreas, isto é o apocalipse. E há uma saída pequena, que diminui cada vez mais, para os governos apoiarem financeiramente e impedir que uma crise de liquidez feche o setor.
Alexandre de Juniac – Diretor Geral e CEO da IATA
Em sua pesquisa mais recente, a IATA prevê que a queda na receita anual de passageiros seja de US$ 252 bilhões. O número leva em consideração um cenário em que as restrições de viagens mais profundas durem 3 meses. Em relação a 2019, o valor representa uma queda de 44% na receita de passageiros.
Não parecia possível, mas em questão de dias, a crise das companhias aéreas piorou consideravelmente. Estamos 100% alinhados aos governos na adoção de medidas para retardar a disseminação da COVID-19. Mas precisamos que eles entendam que, sem alívio urgente, muitas companhias aéreas não resistirão para ajudar no processo de recuperação.
A falta de ação agora tornará a crise mais longa e dolorosa. Cerca de 2,7 milhões de empregos em companhias aéreas correm risco. E cada um desses empregos sustenta outros 24 empregos na cadeia de valor de viagens e turismo. Alguns governos já estão respondendo aos nossos apelos urgentes, mas não o suficiente para compensar os US$ 200 bilhões necessários.
Alexandre de Juniac – Diretor Geral e CEO da IATA
IATA pede mais apoio e agradece aos governos que já estão agindo
Alexandre de Juniac, Diretor Geral e CEO da IATA, agradeceu nominalmente os países que já adotaram medidas para reduzir as perdas das empresas aéreas. Brasil + Austrália + China + Nova Zelândia + Noruega + Qatar + Suécia + Dinamarca + Hong Kong foram reconhecidos como exemplos de apoio.
A atuação desses governos atende pedidos da IATA = suporte financeiro direto + empréstimos, garantias de empréstimos e apoio ao mercado de títulos corporativos + isenção de impostos.
E, além desses governos, o Banco Central Europeu e o Congresso americano devem anunciar medidas de apoio ao setor aéreo.
Isso mostra que muitas nações de todo o globo reconhecem o papel fundamental da aviação no mundo moderno. Mas outras ainda precisam agir para preservar o papel deste setor. As companhias aéreas são peças fundamentais para a economia e a geração de empregos. Isso pode ser visto mesmo quando as operações de passageiros diminuem, pois as companhias aéreas continuam entregando cargas que mantêm a economia girando e levando suprimentos de socorro para onde são necessários. A capacidade das companhias aéreas de atuarem como um catalisador da atividade econômica será vital para reparar os danos econômicos e sociais que a COVID-19 está causando agora.
Alexandre de Juniac – Diretor Geral e CEO da IATA