Os planos para a sua custosa construção projetavam mais de um milhão de habitantes, porém, Kangbashi no norte da China tem apenas 10% da população, a tal ponto que passou a receber a designação de cidade fantasma.
No início dos anos 2000, o governo chinês decidiu investir mais de US $ 1 bilhão no desenvolvimento da cidade, ao sul de Ordos, na Mongólia Interior. O resultado, foi uma cidade muito bonita no papel, e na prática, cheia de contradições.
Kangbashi tem avenidas amplas, edifícios enormes, parques muito limpos e centros comerciais e esportivos gigantescos. No entanto, nota-se uma diferença marcante em relação a outras superpopulosas cidades chinesas: falta gente.
Sobram edifícios desocupados em grande numero e o deserto ao redor, esplendores arquitetônicos apenas parcialmente completas, uma utopia fracassada
Formam uma coleção impressionante – curiosamente surreal – em sua extensão de 355 quilômetros quadrados .
Turistas tem sido atraidos e o Koryo Hotel é o mais emblemático, é um edifício de alta torre com 45 andares encimada por dois restaurantes giratórios, embora apenas com uma aberta. Uma vista a 140 metros de altura.
O estádio esportivo da cidade também é outro exagero, quase 40 mil lugares, daria quatro vezes a população atual.
Há também o super moderno Museu Ordos], os blocos residenciais chineses mais chatos e modernos, resultados dos convites a 100 arquitetos de 27 Países para o projeto de Ordos, um mix só possível na China porque é o único país comunista que tem dinheiro e poder para atrair a idéia desta cidade que não vingou e absorver o fracasso de tal modo que a história foi toda encoberta nos meios de divulgação.
“Os estrangeiros consideram a cidade abandonada e os chineses consideram a cidade ainda em desenvolvimento”, pode ser a justificativa.