A Malaysia Airlines já estava com sérios problemas financeiros em 2014 e as tragédias gêmeas dos voos MH370 e MH17 só fizeram piorar uma situação que já apresentava muitos problemas nas dividas acumuladas de US$ 1,5 bilhão desde 2011.
Com os dois trágicos acidentes, os prejuízos aumentaram em mais de US $ 100 milhões acumulando a sexta perda trimestral consecutiva para a companhia.
A resposta do governo da Malásia foi uma reformulação na gestão da estrutura da empresa. A estatal Khazanah Nasional, que já possuía 69,4% da companhia aérea, pagou US $ A450 milhões para os restantes 30,6%. Poucos meses depois, um administrador foi nomeado para supervisionar a transferência de ativos e passivos para um o novo grupo constituido, a Malaysia Airlines Berhad.
A redução de funcionários foi de 6 mil, passando de 20 para 14 mil. Foram negociados prédios, a redução e reformulação da sua frota, cortou frequências, e outras medidas, só não mudou o nome da companhia, o que também chegou a ser proposto mas encontrou forte resistência.
Já se passaram dois anos e meio e foram gastos quase 75% dos R$ 6 bilhões empenhados para o processo com prazo previsto de cinco anos. Foi anunciado neste inicio de semana que a recuperação em curso está ligeiramente à frente do que era previsto, com aumento no fluxo de caixa. A reestruturação teve mudanças significativas no produto da Malásia, na medida em que passou a se concentrar no crescimento da Ásia, com a China como principal alvo, e a utilizar acordos de codeshare com companhias aéreas como a Emirates.
Outras ações específicas foram marcantes, como a utilização dos seis emblemática Airbus A380, reconfigurados e destinados para peregrinações religiosas, como o Haj.
Há indícios de que a companhia aérea poderia ter mais 25 jatos de grande porte – ou Airbus A330neos ou Boeing 787 Dreamliners – para substituir progressivamente seus 15 Airbus A330-300 com maior flexibilidade para crescimento
A maior parte da frota da Malásia, também está recebendo uma atualização. A transportadora tem 25 pedidos da próxima geração 737 MAX 8s com entregas começando em 2019.
Com mais eficiência, o futuro da Malaysia Airlines parece estar seguro. Um blitz das vendas e do marketing, combinado com o novo serviço de bordo, os menus e novos produtos estão ajudando a trazer mais e novos clientes. O fator médio de ocupação chegou a 82% no terceiro trimestre do ano passado e a 90% em dezembro.
A companhia também está recuperando posições dentro da bolsa de valores de Kuala Lumpur.






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